Chamada Nutricional Quilombola chega a Sergipe, Piauí e Mato Grosso do Sul



Vinte e duas comunidades quilombolas nos estados de Sergipe, Piauí e Mato Grosso do Sul receberão, a partir deste sábado (21), a visita dos pesquisadores do Núcleo de Pesquisa, Informação e Políticas Públicas da Universidade Federal Fluminense (DataUFF). A instituição, contratada por meio de licitação pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), vai coletar dados para a Pesquisa de Avaliação Nutricional.

O estudo, conduzido pelo MDS, em parceria com a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), vai analisar o perfil nutricional de crianças menores de 5 anos de idade, além de avaliar a situação socioeconômica das famílias. “Além disso, faremos o georreferenciamento de todos os domicílios e de todos os equipamentos públicos disponíveis na região”, explica a diretora de Avaliação da Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação (Sagi) do MDS, Junia Quiroga.

Em Sergipe, a equipe visitará a comunidade de Mocambo, no município de Porto da Folha. Depois segue para o Piauí, onde passará pelas cidades de Assunção do Piauí, Campinas do Piauí, Esperantina e Isaías Coelho. Lá, serão 19 comunidades pesquisadas: Sítio Velho, Volta do Campo Grande, Retiro, Ponta do Morro, Capitãozinho, Vaca Brava, Serrote, Boca da Baixa, Emparedado, Olho D’Agua dos Pires, Fazenda Nova, Carreira da Vaca, Umburana, Santa Inês, Morrinho, Sapé, Cipoal, Barreiras e Cabeça da Vaca. No Piauí, a Chamada Nutricional será concluída em junho.

Em Mato Grosso do Sul, as comunidades Furnas da Boa Sorte e Furnas do Dionísio receberão os pesquisadores. Além dos três estados, entre os dias 25 e 30 de maio, encerra-se a pesquisa no Rio de Janeiro, com a visita à comunidade do Campinho da Independência, em Paraty.

 

Pesquisa

Em todo o Brasil, 173 comunidades quilombolas tituladas, localizadas em 55 municípios brasileiros, serão avaliadas. A pesquisa é inédita no País. “Em 2006, fizemos um levantamento, porém, além de ter visitado um número menor de comunidades, o questionário era mais simples. Dessa vez, temos um universo muito maior de comunidades e um questionário bem mais detalhado”, diz Quiroga. A pesquisa também vai investigar o acesso dessas comunidades aos serviços, benefícios e programas governamentais.

A equipe de pesquisadores da DataUFF já fez o trabalho de campo em São Paulo, Maranhão, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Pernambuco. Em junho e julho, será a vez dos estados de Goiás, Mato Grosso, Pará e Amapá. Além dos pesquisadores, agentes comunitários de saúde também ajudam a pesar e a medir as crianças.

A expectativa do MDS é que os resultados do estudo sejam divulgados em 2012. “Embora a pesquisa atual fique restrita às 173 comunidades tituladas até 2009, nossa expectativa é que outro levantamento seja feito daqui a três ou cinco anos e, então, incluiremos as comunidades tituladas após 2009”, afirma a diretora Junia Quiroga.


Fonte:
Ministério do Desenvolvimento Social



20/05/2011 14:58


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