Chanceleres discutem no Chile situação da Venezuela
A situação da Venezuela será tema de discussão entre os chanceleres dos países da América do Sul presentes na posse da presidenta eleita do Chile, Michelle Bachelet, nesta semana. De acordo com o subsecretário do Itamaraty para a região, Antônio Simões, a questão não deverá ser tratada em âmbito presidencial.
"Os chanceleres estão com reunião [marcada] para o dia 12 [quarta-feira] e vão se dedicar ao tema da Venezuela. Os presidentes podem fazer o que creem melhor, mas, no momento, houve consenso que o tema será tratado na reunião de chanceleres", informou hoje (10) o subsecretário em briefing à imprensa sobre a viagem da presidenta Dilma Rousseff à posse, em Valparaíso e Viña del Mar, no Chile.
O encontro de ministros das Relações Exteriores sul-americanos será na capital do Chile, Santiago, e a reunião não faz parte dos eventos ligados à posse de Michelle Bachelet. O Brasil será representado pelo chanceler Luiz Alberto Figueiredo.
A reunião sobre a Venezuela já havia sido aventada há semanas, quando o ministro dos Negócios Estrangeiros do país, Eliás Jaua, visitou diversos países vizinhos em agradecimento ao apoio expressado ao governo venezuelano e à manutenção da ordem constitucional, apesar dos protestos da oposição.
Após a visita a Brasília, última capital a ser visitada por Jaua, o chanceler seguiu para a capital do Suriname, Paramaribo, para solicitar a convocação de uma reunião de representantes dos país da União de Nações Sul-Americanas (Unasul). O Suriname é o país com a presidência rotativa da Unasul no momento.
Sobre os possíveis resultados do encontro, o subsecretário acredita ser prudente aguardar. "Há um espírito muito aberto de todos os países de conversar sobre a situação na Venezuela", disse.
Em relação à reunião do Mercosul, que deveria ter acontecido no final do ano passado e foi adiada por motivos de saúde da presidenta da Argentina, Christina Kirschner, o subsecretário Antônio Simões informou que ainda não há data definida para que ocorra. Segundo ele, atrasos para a realização dos encontros não são incomuns no âmbito do bloco e que haverá um definição assim que sejam encontrados períodos em comum na agenda das autoridades.
Fonte:
Agência Brasil
10/03/2014 14:40
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