Chegada de Cachoeira foi marcada por drible da polícia e tumulto
Pálido, magro, cabelos brancos e ar sombrio, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, acusado de chefiar um esquema de jogos ilegais, corrupção e tráfico de influência, chegou às 13h05 ao Senado para um interrogatório que promete prolongar-se pela tarde.
Num esquema montado pela Polícia Federal e pela Polícia do Senado, ele entrou no Palácio do Congresso pela ala Filinto Muller, a fim de evitar a imprensa, que o esperava nos fundos da ala das comissões. Em todas as entradas do Senado, desde as 12h, jornalistas estavam de plantão para registrar suas imagens.
Às 13h27, chegou ao Senado a esposa de Cachoeira. De óculos escuros, Andressa Mendonça chegou pela ala próxima à biblioteca, causando grande tumulto. Tripés de cinegrafistas e outros equipamentos foram ao chão, nos esforços para registrarem suas imagens.
O defensor de Cachoeira, Marcio Thomáz Bastos, chegou pouco antes ao Senado. Ontem, ele informou que seu cliente não deve responder às perguntas que lhe serão feitas. Só o relator, deputado Odair Cunha (PT-MG), tem 150 perguntas a fazer ao acusado.
Apenas 54 pessoas foram autorizadas a entrar na sala onde o contraventor será interrogado. A sala 3 da ala Alexandre Costa foi equipada com um telão para transmitir o interrogatório aos jornalistas não sorteados para assistir o depoimento ao vivo
22/05/2012
Agência Senado
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