Cícero Lucena critica gestão do governo da Paraíba
Em discurso no Plenário nesta terça-feira (31), o senador Cícero Lucena (PSDB-PB) lamentou a "situação caótica" das áreas de saúde, educação e segurança pública no estado da Paraíba. O senador criticou a falta de diálogo e a pouca capacidade de gestão do governo do estado nessas as áreas.
Segundo Cícero Lucena, os profissionais de ensino estão em greve há 30 dias. O senador disse que a categoria pede apenas que o governo pague o piso salarial e manifestou preocupação com a possibilidade de os alunos perderem o ano letivo.
- Por quanto tempo nossas crianças e adolescentes ficarão sem aula, comprometendo o futuro do país? Quantos precisarão perder a vida para o governo negociar com os médicos? - indagou o senador.
Cícero Lucena também manifestou pesar pelo falecimento de Cristiano Alves Correa, de 25 anos, ocorrido na manhã de segunda-feira (30). De acordo com o senador, Cristiano foi a primeira vítima fatal após a paralisação dos profissionais de saúde do estado. O senador disse que Cristiano sofreu um grave acidente de moto, teve traumatismo craniano e aguardou por atendimento durante duas horas.
O senador citou matéria do jornal O Norte, segundo a qual a ambulância que levava o motociclista não conseguiu entrar nem no pátio do hospital, já que a guarita estava fechada e os médicos estavam em greve. O jovem foi levado para outro hospital, mas morreu no trajeto.
- Dói na alma e no espírito perder um familiar por falta de atendimento médico, que deveria ser garantido ao cidadão, conforme prevê a Constituição federal - lamentou.
Cícero Lucena disse que o governo estadual precisa enfrentar os problemas de gestão com coragem e com respeito à sociedade. Ele disse que o governo precisa negociar com os servidores em greve e fez um apelo aos parlamentares da Paraíba, para que juntos possam intermediar uma alternativa para a situação do estado.
- O governo finge que a responsabilidade não é sua. Na Paraíba, a sociedade é quem mais sofre com a falta de comando administrativo - lamentou.31/05/2011
Agência Senado
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