Ciro se consolida no segundo lugar



Ciro se consolida no segundo lugar Pesquisa Vox Populi indica que Lula e seu oponente do PPS têm as menores rejeições e disputariam hoje o 2º turno Nova pesquisa de opinião do instituto Vox Populi sobre a disputa da presidência da República mostra que o pré-candidato Ciro Gomes (PPS) se firma como o segundo colocado nas intenções de voto, logo atrás do petista Luis Inácio Lula da Silva. Foram ouvidas 3.221 pessoas, entre 30 de agosto e 2 de setembro, em 173 municípios brasileiros. A margem de erro da amostra é de 2%. Em todos os cenários - voto espontâneo, um incluindo Roseana Sarney (PFL) e Itamar Franco (PMDB), e outro sem eles -, Ciro aparece em segundo lugar, com vantagem em relação ao seu oponente mais próximo. Na votação espontâneo, Lula recebeu 31% dos votos, e Ciro, 13%. Fernando Henrique Cardoso, inelegível, contou com 6% da preferência, mas um de seus possíveis candidatos, o ministro da Saúde, José Serra teve 0%, menos do que o ex-presidente Fernando Collor, que obteve 1%. No cenário que inclui Roseana e Itamar, Lula lidera com 35% das intenções de voto, seguido de Ciro, com 17%. Roseana vem atrás, com 9%, tecnicamente empatada com Itamar (8%) e o governador Anthony Garotinho (7%). No segundo cenário, Lula passa a 39%; Ciro tem 22%, e Garotinho conta com 9%, empatado com Serra, com 7%. Os pré-candidatos do PT e do PPS são os que têm maior simpatia e menores índices de rejeição dos eleitores na disputa pelo cargo, estando tecnicamente empatados nos dois casos. Das pessoas entrevistadas, 65% admitem votar em Lula, contra 31% que afirmam que ''não existe nenhuma chance de isso acontecer. Os números relativos a Ciro são 63% e 29%, respectivamente. Socialistas vão ao TRE contra o PT O PSB entrou ontem com representação contra o PT do Rio no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Os socialistas se sentiram ofendidos com o ataque ao governador Anthony Garotinho (PSB) e à primeira-dama Rosinha Matheus, exibido na segunda-feira em programa eleitoral gratuito. ''A lei faculta o horário para que os partidos difundam programas de governo. O PT enveredou para críticas tentando denegrir a imagem do governador'', disse o advogado do PSB Francisco Pessanha. Se a representação for julgada procedente, o PT pode perder o direito de exibir novo programa eleitoral no próximo semestre. Na terça-feira, a Procuradoria Eleitoral anunciou que representará contra o PT por exibir trechos de fitas proibidas pela Justiça, com conversas envolvendo o governador num suposto caso de suborno. PFL tenta impedir volta de Jader à presidência do Senado BRASÍLIA - O PFL decidiu partir para o ataque e impedir a volta de Jader Barbalho à presidência do Senado. O líder do partido na casa, Hugo Napoleão, informou que os pefelistas vão fazer uma recomendação formal à mesa diretora para que tome providências no sentido de Jader não voltar à presidência. Além disso, os deputados pefelistas preparam uma retaliação ao senador peemedebista caso ele decida retomar suas atividades. De acordo com o líder na Câmara, Inocêncio Oliveira, os deputados de sua legenda não vão participar de nenhuma sessão presidida por Jader. Enquanto isso, o Conselho de Ética do Senado está reunido neste momento para eleger o novo presidente. O único candidato lançado pelo PMDB é o senador Juvêncio da Fonseca Petista condena idéia do ’olho-por-olho’em resposta a atentados BRASÍLIA - O líder do PT na Câmara, deputado Walter Pinheiro (BA), disse, há pouco, ser contrário a uma resposta americana aos atentados terrorista de terça-feira. ’A posição do PT é pela condenação. Não foi um ato político-ideólogico, mas sim um crime. Neste caso, não cabe retaliação contra nações. Se for uma prática do olho-por-olho, todos sairemos cegos’, afirmou. O deputado participa, neste momento, no Palácio do Planalto, de uma reunião convocada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, com líderes da Câmara e do Senado. O objetivo do encontro é discutir a crise gerada pelos ataques em Nova Iorque e Washington, além de uma nova agenda para o Congresso Nacional. Conselho de Ética do Senado já tem novo presidente BRASÍLIA - O senador Juvêncio da Fonseca (PMDB-MS) acaba de ser eleito presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. Os 16 membros do Conselho votaram. Juvêncio recebeu a indicação de 13. Dois votos foram em branco e um nulo. Caberá a Juvêncio conduzir, a partir de agora, o processo contra o ex-presidente de seu partido e presidente licenciado do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA). FH recebe presidentes do Senado e da Câmara no Planalto BRASÍLIA - O presidente Fernando Henrique Cardoso se reúne, às 12h, no Palácio do Planalto, com o presidente interino do Senado, Edison Lobão (PFL-MA), e com o presidente da Câmara, Aécio Neves (PMDB-MG), além de líderes dos partidos políticos. De acordo com a Radiobrás, às 15h, preside a cerimônia de entrega do Prêmio Internacional de Alfabetização da Unesco ao Instituto Brasileiro de Estudos e Apoio Comunitário (Ibeac), também no Palácio do Planalto. Alckmin e secretários discutem orçamento de 2002 SÃO PAULO - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), se reúne hoje, a partir das 9h, com os secretários estaduais para discutir o orçamento de 2002. O encontro acontece no Salão dos Despachos do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do estado. Artigos Ninguém está a salvo NEWTON CARLOS Em seu discurso aos americanos, em tom contrito, não belicista, o que surpreendeu, Bush incluiu agradecimentos aos chefes de Estado e de governo solidários com os Estados Unidos. Em faixa significativa, de peso, nenhuma ausência. O atentado pegou o isolacionismo e o unilateralismo de Bush, a idéia de uma nação poderosa, cheia de si, a salvo num bunker, fechada numa fortaleza inexpugnável, e afinal se constata que não é bem assim. O resto do mundo existe, aprende Bush, numa trágica lição, e os Estados Unidos, mais do que nunca, precisam relacionar-se com esse fato. Já se fala em reunião de emergência do Grupo dos Oito, os sete mais fortes e a Rússia, por condescendência. Um único assunto na agenda: terrorismo. Também em pauta uma conferência internacional. Depois que a comunidade de inteligência dos Estados Unidos comeu uma tonelada de moscas, instalou-se na Washington de Bush a convicção de que a luta contra o terrorismo exige compromissos sólidos ao largo do universo. Que o G-8 pule da cama. Um expoente democrata, da oposição a Bush, o senador Christopher Dodd, disse que ''neste momento não somos um país com um governo e dois partidos, mas uma só nação unida em torno de seu presidente''. Fez um lembrete com linguagem pontuada: os Estados Unidos devem pedir a ajuda do mundo e saber a quantas andam seus relacionamentos, depois da persistência de Bush em passar ao largo de acordos internacionais, de proteção do meio ambiente, contra armas biológicas, antiminas terrestres, ABM etc. O recado dos terroristas, admitiu Dodd, foi recebido e a insegurança penetrou no íntimo de cada americano. Uma das máximas históricas do terrorismo é a de que ninguém é inocente. Ou ninguém está a salvo, na versão agora aplicada aos americanos. Especialistas levantaram a hipótese de uma Terceira Guerra. Estaria pelo menos engatinhando? Os que acham isso um despropósito argumentam que guerra incorpora o convencional, emprego de tropas, tanques, canhões, aviões, inimigo conhecido, arsenais de regras negociados em Genebra, e o atentado foi não convencional, embora ato de guerra. Uma Terceira Guerra teria de ser como as duas anteriores? Não poderia cair no não convencional, sem declarações formais e inimigos sem face? Meras especulações numa hora em que perguntar é a única atividade aceitável e afirmar é desperdício. Há uma pergunta maior, que se coloca de modo majestoso diante de montanhas de palpites. Como isso foi possível? Não faz muito se soube que os Estados Unidos e parceiros menores, como Inglaterra e Austrália, construíram uma rede planetária de vigilância.Ela tem condições, em seus detalhes mais surpreendentes, de interceptar telefonemas privados, meus, seus, de toda a espécie humana. Houve inquérito a respeito no Parlamento Europeu. Echelón, seria o nome. Talvez uma das razões do desabafo de Dodd em coro com a humanidade. Impensável. O senador falou em ''novo tipo de guerra'' e recomendou que os Estados Unidos revejam sua estratégia de segurança. A 28 de julho o Los Angeles Times noticiou que o secretário da Defesa, Donald Rumsfeld, apresentou projeto de construção de um ''bombardeiro espacial''. Ele permitirá aos Estados Unidos executarem ''rápidos ataques globais''. Qualquer objetivo no universo seria alcançado em no máximo 30 minutos, com bombas de alta precisão lançadas do espaço, a 100 quilômetros da Terra. A volta à base, nos Estados Unidos, não excederia uma hora e meia. Não se trata de militarizar o espaço, se justifica o Pentágono, porque os alvos estão em terra. Mas o próprio Pentágono confirma que ''a força aérea e espacial se transforma em força espacial é aérea''. Dominar o espaço para dominar em terra. Os militares americanos, empurrados pelo governo Bush, se embriagam com guerras das estrelas. Enquanto isso o pau come aqui em baixo. Editorial A Vida Continua Durou pouco a impressão de que o Brasil viveria tempos de prosperidade a partir deste ano. Em janeiro, o próprio governo chegou a prever crescimento do PIB acima de 4% em 2001, desempenho que se repetiria em 2002. O cenário, porém, mudou da noite para o dia. O que era rosa ganhou tons cinzentos. Vários fatores negativos se acumularam rapidamente. A aterrissagem da economia dos Estados Unidos não só se confirmou, como contaminou a União Européia e reduziu a pó qualquer possibilidade de recuperação do Sudeste Asiático, principalmente do Japão. Aqui do lado, a Argentina perdeu o rumo e entrou em trajetória de default inevitável. Nem todos os males vieram de fora: a burocracia estatal deu sua cota com a imprevidência que resultou no racionamento de energia. Em questão de meses, o mar virou sertão. E a abundância, escassez. A mudança radical de cenário, agora duro e complicado, obrigou o governo Fernando Henrique a adotar um Plano B, com ajuste ainda mais rigoroso nas contas públicas. Mas, dificilmente, as medidas de ajuste fiscal serão suficientes para enfrentar o abalo da economia mundial provocado pelo ataque terrorista que destruiu o World Trade Center e parte do Pentágono. Horas depois do atentado, formou-se nos principais centros financeiros consenso sobre a pesada conta a pagar. De imediato, surge o problema das seguradoras que garantiam as torres gêmeas. Duvida-se de sua capacidade para honrar o compromisso, o que leva a temer-se tremor no negócio de seguros. Outro setor afetado é o mercado financeiro, pois funcionavam nas torres e nos seus arredores várias instituições financeiras e dependências da Bolsa de Nova Iorque. Também passarão por maus momentos as empresas aéreas, devido à retração do público, chocado com o que aconteceu. No plano macroeconômico, o atentado deverá provocar crise de confiança dos consumidores e investidores, acentuando o desaquecimento nos Estados Unidos. Nestes tempos de globalização, o pé no freio da maior economia do mundo - dependendo da intensidade da freada - terá efeito perverso sobre países emergentes como o Brasil, que necessitam de recursos externos para o equilíbrio de suas contas externas. Com os americanos avessos a correr novos riscos, estima-se que o fluxo de capital no mercado internacional se reduzirá de forma abrupta. Também os europeus tenderão a dar prioridade às suas necessidades internas. Para o corrente ano, o Brasil ainda conta com a linha de crédito do FMI, de US$ 15 bilhões. Mas precisa de US$ 54 bilhões para 2002 e sofrerá o diabo se a fonte externa secar. Pior ainda se vingar a visão alarmista que aposta em disparada dos preços do petróleo e do gás, como conseqüência de terrível represália dos EUA a países árabes. É perder tempo, porém, jogar com a hipótese do Armagedon ou da III Guerra Mundial. A atitude mais prudente é preparar o país para as reais dificuldades criadas pelo ato terrorista. O Federal Reserve, certamente, usará de todos os meios para atenuar ao mínimos os efeitos da tragédia sobre a economia americana. Dará suporte às seguradoras e às instituições financeiras, e convocará os grandes bancos a formar uma rede de segurança. O Brasil, contudo, não pode contar com isso. Tem de se preparar para o solavanco. Os tempos já eram difíceis e aumenta o risco de o comércio e as finanças internacionais descerem a ladeira. Se o governo havia preparado um Plano B, deve arregaçar as mangas e traçar as bases de um Plano C, para a situação de emergência. Mesmo que não se confirmem as previsões apocalípticas, o regime de sobreaviso é necessário. Mas o mais importante de tudo é manter a calma e continuar fazendo o dever de casa a fim de tornar a economia brasileira menos vulnerável a maus ventos que soprem do exterior. Há muito trabalho pela frente e muita reforma por fazer. A vida continua. Topo da página

09/13/2001


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