Clube de Paris tem tradição de socorro a países pobres
Esses termos - consolidados em um documento preliminar (Agreed minute) - definem a dívida afetada pela negociação, o período de consolidação, os prazos de reescalonamento e certas condições que tornam a reestruturação efetiva. Acordos bilaterais posteriores entre as agências governamentais e o país devedor, que constituem efetivamente a base jurídica da negociação, fixam as taxas de juros, a moeda em que serão cobrados os vencimentos refinanciados, se for o caso, e as demais condições.
Dois tipos de empréstimos são incluídos na renegociação da dívida externa no âmbito do Clube de Paris: aqueles concedidos diretamente por agências governamentais e aqueles, com garantia de agências, concedidos por fornecedores (suppliers´ credits) ou por bancos comerciais (buyers´ credits) a importadores do país devedor.
No caso da Zâmbia, a pedido do governo daquele país, os seus credores, entre eles o Brasil, reunidos no Clube de Paris, decidiram reestruturar seus débitos, incluindo aí um perdão de 67% do valor devido. Muitos outros países africanos têm também conseguido benefícios naquele organismo. O Brasil também já foi beneficiado diversas vezes por decisões do Clube de Paris, a principal delas, em 1983, após a crise da dívida externa brasileira, de 1982. O débito reescalonado, então, em favor do Brasil, era de US$ 2,2 bilhões.
14/08/2001
Agência Senado
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