“Cola” já está com o TRE








“Cola” já está com o TRE
A Assembléia Legislativa entregou ontem ao TRE o primeiro milhão da chamada “cola” para que o eleitor leve, no dia do pleito, o número dos candidatos. Serão repassados ainda mais 9 milhões de cópias.

Em outubro, serão escolhidos seis candidatos, o que totalizará 19 algarismos e 25 toques.


Os bastidores do primeiro debate entre os presidenciáveis
Durante o encontro, foram feitas pesquisas instantâneas em várias cidades para avaliar o desempenho de cada um deles

Petistas que acompanharam o debate entre os presidenciáveis estavam eufóricos. A cada tiroteio envolvendo José Serra (PSDB) e Ciro Gomes (PPS), lideranças do PT e o publicitário Duda Mendonça sorriam de alegria. “Eles estão fazendo todo o serviço, o Lula não precisa nem se mexer. Nós estamos navegando tranqüilos”,, afirmou o deputado federal Aloizio Mercadante. O presidente nacional do PT, José Dirceu, chegou a pular de alegria durante um dos intervalos.

Assessores de Lula, Ciro e Serra recebiam a cada momento, pelo celular, pesquisas instantânea sobre o desempenho. Grupos reunidos pelo PT, por exemplo, em todas as capitais do país, respondiam sobre a performance de Lula. O publicitário Duda Mendonça negou a existência do esquema, mas José Dirceu, confirmou. Garotinho (PSB), com fundos minguados, não teve como bancar a pesquisa.

O marqueteiro de Ciro, Einhart Jácomo, fez acompanhamento simultâneo do debate com grupos qualitativos em Recife, Belo Horizonte, São Paulo e Blumenau. Nos intervalos, corria para passar avaliações parciais para equipe de Ciro. Em um momento, confidenciou ao senador Roberto Freire (PE): “Serra está muito nervoso e está aparecendo isso. Ninguém entende o que ele fala!”

A equipe de Serra também acompanhou avaliações qualitativas. Segundo Nelson Biondi, a atuação de Serra fez com que os eleitores de Ciro ficassem “um pouco frustrados”. “Serra plantou alguma dúvida entre eles”, afirmou.


Prefeitura vai à Justiça para impedir abertura do comércio aos domingos
A Prefeitura de Porto Alegre pretende recorrer hoje da decisão que autoriza o funcionamento do comércio aos domingos na capital. O Procurador Geral do Município, Rogério Favretto, encaminha o pedido de reconsideração da liminar, concedida na última sexta-feira pelo Tribunal de Justiça do Estado.

A liminar, outorgada pelo desembargador Clarindo Favretto, suspendeu a lei municipal 7.109, de 1993, que autorizava a abertura do comércio aos domingos somente com acordo prévio entre comerciantes e comerciários. A autorização para a liberação foi obtida pelo Sindióptica (Sindicato do Comércio Varejista do Setor Óptico, Fotográfico e Cinematográfico do Estado).

A presidente do Sindec (Sindicato dos Comerciários de Porto Alegre), Esther Machado, esteve reunida ontem com o presidente da Câmara dos Vereadores, José Fortunati. O departamento jurídico das duas entidades estão estudando as medidas a serem tomadas. Amanhã, Esther se reúne com os procuradores gerais do município e do Estado.


PDT mais próximo de Britto
Com a queda da candidatura de José Fortunati ao governo, o PDT se aproxima mais do PPS e da candidatura de Antônio Britto – caminho natural devido à decisão da cúpula nacional de priorizar a candidatura de Ciro Gomes (PPS) à Presidência.

Uma reunião comandada pelo vice-presidente regional Pedro Ruas com os principais segmentos do PDT, ontem, serviu para confirmar a candidatura de João Bosco Vaz ao Senado do que para encaminhar uma saída para a crise. O PDT regional está, mais uma vez, a reboque da cúpula do partido. Uma decisão sobre lançamento de outro candidato ao governo ou a adesão definitiva ao PPS de Britto só volta à pauta no final de semana, numa nova tentativa de reunião com Leonel Brizola, que não compareceu ontem.

O deputado federal Pompeo de Mattos diz que “a renúncia de Fortunati; a falta de recursos; a omissão do PTB na campanha e a dificuldade de encontrar nomes que aceitem concorrer, levam os pedetistas a apoiar Britto”. O deputado estadual Giovanni Cherini revela que “já tem gente negociando com Britto”.

PTB- No fim da noite de ontem, o PTB decidiu retirar a candidatura do vice de Fortunati, Barbosinha. O vice-presidente regional do partido Leão de Medeiros, disse que o PTB vai recomendar hoje ao PDT que não seja lançada uma nova candidatura. Medeiros, porém, admite que o partido possa apoiar um outro candidato.


“Ciro vai bem porque se parece comigo”, diz Collor
Ex presidente não poupa elogios e apoio ao presidenciável e diz que o número de Ciro somado ao seu “dá 51: uma boa idéia”

O ex-presidente Fernando Collor de Mello, candidato pelo PRTB ao governo de Alagoas, declarou apoio a Ciro Gomes (PPS) e já começou a pedir votos para o presidenciável da Frente Trabalhista em comícios no interior do Estado de Alagoas.

Na noite de domingo, no município de Pilar, a 50 km de Maceió, Collor pediu à população local que votasse no 23, número de Ciro, a quem chamou de “o nosso presidente”. Ele afirmou que a soma do 23 com seu número para governador 28, “dá 51”. “Como vocês sabem 51 é uma boa idéia”, disse, usando slogan da marca de cachaça.

O ex-presidente reafirmou na manhã de ontem esse apoio, dizendo em entrevista à TV Pajuçara, retransmissora do STB em Alagoas, que vai votar em Ciro porque está certo de que “ele tem condições de governar o país”. A declaração ocorre apesar das reiteradas manifestações de desapreço pelo apoio de Collor dadas pelo próprio Ciro. O anúncio do apoio ao candidato do PPS é mais um capítulo da ruidosa volta do ex-presidente às disputas eleitorais, depois de ficar inelegível por oito anos, conforme a decisão do Senado.


Reale Jr. diz que rigor penal não combate crime
A idéia de que o rigorismo penal irá reduzir a criminalidade no Brasil está equivocada. É no que acredita o jurista e ex-ministro da Justiça Miguel Reale Jr., que palestrou ontem, na aula inaugural da ESPM (Escola Superior de Ministério Público).

Abordando o tema “Funções do Direito Penal na Sociedade Contemporânea”, o ex-ministro afirmou que a principal alternativa para combater a violência é investir na área social. “A solução não é simples, mas uma política social aliada à especialização da política são formas válidas para combater o crime”, disse.


Colunistas

COISAS DA POLÍTICA

Alca
Por solicitação do vereador do PT da capital Juarez Pinheiro, o grande expediente da sessão de ontem homenageou o Comitê Municipal de Lula contra a Alca.

OP
O vereador do PDT da capital Isaac Ainhorn defende a regulamentação do OP em Porto Alegre, como havia se comprometido Tarso Genro. “Como tem sido levado acabará desacreditado”, diz.

Disciplina
Devido à procura aos debates Educação Cidadã, a vereadora do PT da capital Sofia Cavedon mudou o encontro para o Instituto de Educação. O próximo, sobre Disciplina , como organização da vida escolar será quinta, às 19h.

Mobilização
O presidente da Confederação Nacional de Municípios, Paulo Ziulkoski, está convocando prefeitos de todo o país para mobilização em Brasília, hoje e amanhã. Ziulkoski quer agilizar junto às lideranças da Câmara a tramitação dos projetos que tratam da Iluminação Pública e do Transporte Escolar.

Comércio I
O vereador do PT da capital Estilac Xavier classificou como “esdrúxula” a liminar que liberou o funcionamento do comércio aos domingos na capital. Argumenta que ela contraria outra decisão do Pleno do TJE.

Comércio II
Para o líder do PcdoB na Câmara da capital, o veread or Raul Carrion a liminar que liberou o comércio, além de atropelar a Constituição Federal, a Lei Orgânica do Município, e a própria Câmara, é um retrocesso social “que evoca os tristes tempos de escravidão”.


Editorial

INSANIDADE E INTOLERÂNCIA

A insanidade dos ataques terroristas, que se multiplicam sem parar no Oriente Médio, parece empurrar para um futuro cada vez mais distante a remota possibilidade de paz entre palestinos e israelenses. Nem mesmo a Universidade Hebraica de Jerusalém, tida como um símbolo de tolerância e de busca da paz, foi poupada. Na semana passada lá morreram sete pessoas e outras dezenas ficaram feridas, num atentado reivindicado pelo grupo extremista Hamas.

Do lado israelense, a atitude é quase a mesma. O primeiro ministro Ariel Sharon não se afasta um milímetro da sua política de expulsar e destruir as casas dos palestinos na zona ocupada. Parece cego à nova onda de atentados, ouvindo apenas o clamor dos seus compatriotas.

"Sharon nos deve uma resposta", mancheteou ontem o jornal popular de maior tiragem Maariv, após os novos ataques que deixaram 19 mortos (israelenses e estrangeiros) em 24 horas. "Ariel Sharon, o homem que nos fez falsas promessas durante sua campanha eleitoral para restabelecer a segurança em nossas casas, nossas ruas, nossos lugares de treinamento e nos ônibus (... ) não se explica em público", escreveu o redator-chefe do jornal, Amnon Dankner.

Depois da reocupação das principais cidades da Cisjordânia em 19 de junho, e a imposição do toque de recolher, Israel proibiu ontem que os palestinos circulem de carro nas cinco cidades do norte do território. O exército começou a demolir casas de ativistas palestinos suspeitos e, pela primeira vez, expulsou alguns deles e suas famílias da Cisjordânia e da Faixa de Gaza.

Entretanto, nada parece capaz de diminuir o ânimo e a determinação dos palestinos em lutar contra o histórico inimigo. Quanto mais tanques Israel manda para a área palestina ocupada, maior parece ser o número de palestinos dispostos a morrer pela causa. O muro (de triste lembrança na história da humanidade) que separa Israel da Cisjordânia, que começou a ser construído em junho e que deve ter 350 quilômetros, não chegou ainda a 40 metros e isso também revolta os israelenses, que culpam o governo cada vez que os palestinos contabilizam "vitórias!" entre os mortos e feridos em ataques, na maioria suicidas, contra os judeus.

"Que governo poderia se satisfazer com as operações militares parciais que só têm resultados temporários, enquanto seus cidadãos continuam sendo assassinados, feridos, ou continuam vivendo no medo e no terror?", questiona Amnon Dankner.

Por sua vez, o Yediot Aharonot, principal jornal do país, afirma que "depois de dois anos de ódio e horror, os israelenses estão fartos de morte e sofrimento". Ontem, corno sempre, a resposta de Israel foi rápida. Dois helicópteros de combate dispararam mísseis contra um edifício palestino na cidade de Gaza. Ninguém tem dúvidas. Israelenses e palestinos estão andando para trás no propósito que ambos dizem ser o ideal: a paz. Ataques e contra-ataques, direito de retaliação, a história já cansou de provar, não levam a nada. Enquanto cada um dos lados se sentir no direito de responder ao ataque anterior, a única coisa que se vislumbra é a perpetuação do conflito. Os dois lados precisam, urgentemente, de lideranças capazes de dialogar e mudar a tática de negociação, que até agora, tem sido apenas a das armas. E isso precisa acontecer logo, para que palestinos e israelenses possam respirar um pouco de paz e não apenas ter que sepultar seus mortos e tratar das seqüelas de milhares de vítimas da intolerância recíproca. Estamos no século XXI e o mundo já está cansado de guerras.


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08/06/2002


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