Coletiva do governador Mário Covas após assinatura para implantação de internet em escolas estaduais



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Sobre a Internet Repórter: O senhor ficou satisfeito com o que viu com a apresentação da Internet rápida? Covas: É um instrumento adicional. As escolas já têm laboratórios de informática. Nos últimos três anos já foram instalados 30 mil computadores nas escolas, particularmente nas de segundo grau. Eu acho que isso aditou hoje um complemento muito significativo. Nós devemos isso a Telefônica que fez o convênio conosco e que está fazendo isso na escola e vai manter durante os primeiros três meses, depois é que nós manteremos. Aliás, a esse respeito é preciso que se diga que a Telefônica tem ajudado muito o Estado em várias obras de natureza social. Tem ajudado bastante e agora faz um serviço dessa ordem nas escolas que é tremendamente.... A rigor, no futuro quem não tiver convívio muito íntimo com a Internet, com a informatização de uma maneira geral, com as telecomunicações, enfim com as grandes conquistas da tecnologia moderna, vai ficar para trás, não tem jeito. Hoje também para trabalhar em indústrias é difícil. Outro dia, o Paulinho da Força Sindical estava me dizendo que a profissão dele desapareceu. A profissão dele era de torneiro. Desapareceu a profissão ou ele é requalificado para outra atividade ou então não tem mais como executar. Aliança PFL-PSDB Repórter: Foram muitas as retaliações contra a sua opinião no Roda Viva de que a aliança do PFL-PSDB não chega até o fim em 2002. O sr. continua com essa opinião? Covas: Eu continuo mantendo a mesma opinião. A menos que o PFL não tenha candidato. O PSDB seguramente vai ter candidato, não dá para você pensar que o partido do presidente da República não tenha candidato. E isso não precisa ser nada decorrente de algum cataclisma. Mas eu sempre imaginei, eu me lembro que quando o Serra foi candidato a prefeito o PFL me apoiava. Tinha até dois secretários na administração e eu chamei e disse: “olha, eu quero dizer uma coisa para vocês. Onde os dois partidos puderem estar juntos, eu apoio o candidato. Se for do PSDB, eu apoio o PSDB, se for do PFL, mas tiver apoio do PSDB, eu apoio PFL. Onde eles estiverem separados e com candidatos os dois, eu apoio do PSDB, que é o meu partido. Eu sou governador e ao mesmo tempo sou militante partidário. Eu não discrimino enquanto no exercício de governador mas quando se trata de eleição eu torço para o meu time e ajudo o meu time. Agora, entendo perfeitamente que vocês tenham que ter candidato, portanto se vocês quiserem ter candidato a prefeito aqui em São Paulo é uma coisa que eu vou compreender perfeitamente. Nós não precisamos romper por causa disso”. Bom, mas eles não fizeram um candidato e apoiaram o Pitta. Bom, mas aí eles escolheram outro parceiro, aí é diferente. Aí eles deixaram de ser parceiros do PSDB para serem parceiros do PPB. O que é uma decisão que não me compete julgar, só me compete dizer, bom então vocês não estão mais no Governo. Escolheram outro parceiro, eu acho que acontecer isso nesse instante não é nada de extraordinário. Qualquer partido quer ter candidato na hora da eleição, é nessa hora que ele se afirma. É lógico que se o PFL não tiver candidato é até possível que isso ocorra novamente. A mesma coisa vale para o PMDB. Mas acho difícil o PSDB, tendo o presidente da República, não ter candidato, portanto não dá para pensar numa aliança em que o candidato seja de outro partido, porque é quase uma obrigação. É a mesma coisa que eu, governador de São Paulo, não ter um candidato do PSDB a prefeito de São Paulo. Não é possível uma coisa desta. É impraticável. Se Covas vai se candidatar a presidente Repórter: O senhor vai ser candidato a presidente da República? Covas: Mas por quê perguntam sempre? Repórter: Porque todo mundo diz que o senhor vai ser. Covas: Então se vocês não acreditam no que eu respondo por quê perguntam de novo? Repórter: Se a dona Lila pedisse o senhor... Covas: A dona Lila não me pede e está inteiramente de acordo. Não sou candidato. Não é que eu não sou candidato a presidente, eu não sou candidato a nada. Eu encerro a minha carreira de candidato no final do governo. Não vou deixar de fazer política, porque isso está no sangue da gente. Repórter: Mas o senhor sempre diz que não vai ser e sempre cede. O ministro Paulo Renato falou que o senhor vai ceder de novo e que até 2002 o senhor cede. Covas: Então está bom vamos ver...Se precisar tomar medidas para não ser candidato. Como também não preciso dizer para vocês. Repórter: É ameaça governador? Covas: Eu não estou fazendo nenhuma ameaça. Eu só estou dizendo para vocês que minha decisão é tão decidida (risos) que se precisar tomar medidas que impeçam eu tomo. Repórter (incompreensível) Covas: O Estado de São Paulo está com um projeto na Assembléia Legislativa... é tão difícil arranjar dinheiro e isso me dói porque às vezes as pessoas confundem oposição com interesse do Estado. Tem um empréstimo de US$ 150 milhões para recapear estradas. Foi para a Assembléia no dia 18 de janeiro e ainda não foi votado porque partidos de oposição ao governo adiam a votação, protelam a votação. Bom, estão pensando que estão me prejudicando, o tempo é tão grande que é possível que quando esse começar a vir o meu Governo já acabou. Quem vai ser prejudicada são as estradas. E as estradas servem todo mundo em São Paulo. Repórter: Esse projeto, governador, atinge o corredor Oeste, que pega toda a região da Grande São Paulo? Covas: A do corredor Oeste? O Corredor Oeste a gente faz através da secretaria... Repórter: Está parado? Covas: Não está parado. Ela terminou a parte de Osasco, Barueri, fez a parte de Itapevi. O problema falta em Carapicuíba. Repórter: Mas tem uns problemas... Covas: Não. Em Itapevi parou num determinado lugar por conta de desapropiração. Repórter: O que o sr. acha dessa idéia do senador Pedro Simon de convocar a candidata Marta Suplicy para depor na subcomissão que investiga o TRT? Covas: Não quero saber disso não. Eu já fui do Senado, agora não sou mais, mas eu ouvi falar, eu hoje falei com o senador por conta de um projeto de São Paulo que está lá. Repórter: Foi o senador Simon? Covas: Não, com o líder do PSDB. E ele me contou isso, que parece que ontem teve uma discussão do Suplicy. A Marta teria escrito um artigo aqui dizendo que ela queria um plebiscito para não pagar a dívida, é isso? Vocês sabem disso? Eu não sei direito a história, sei que aparentemente por conta do fato dela ter sido uma das signatárias como foram muitos outros. Não vejo muita razão. Esse negócio, na realidade, a notícia do que havia chegou muito tarde para todo mundo, seja para o Executivo ou para o Legislativo. Uma bancada inteira assinar uma emenda não pode responsabilizar ninguém em particular, muito menos ela que, aliás, disse que assinou sem ler. Repórter – Ela não deve ser convocada, então? Covas – Não me pergunte isso. Quer me arrumar uma briga com o Senado? O Senado faz o que quiser, ele é autônomo. Se eu estivesse lá eu diria o que eu achava, agora eu não acho que ela tenha qualquer responsabilidade nesse caso. É uma opinião pessoal, mas eu não a responsabilizaria por nada n

08/31/2000


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