Trechos da entrevista coletiva do governador Mário Covas, após solenidade de assinatura de investime
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Última Parte Pergunta: Como o senhor vê esta discussão sobre o salário mínimo? Covas: O salário mínimo vai ter que ter uma melhora. Nós aqui em São Paulo, no Estado, temos como piso salarial R$ 300,00. Ou seja, é bem maior do que US$ 100. É talvez US$ 160, ou US$ 170. O que não é esse valor é o salário mínimo privado. E nem nos municípios, porque os municípios tem muita gente de salário mínimo de forma que eles são mais penalizados com o aumento do salário mínimo. O Estado já paga, desde que eu cheguei aqui que o salário sempre foi maior do que US$ 100 dólares. Agora o que vai se discutir provavelmente no começo do ano, e o que eu acho bom é que esta coisa seja feita nacionalmente, pode até não ser valores iguais, mas sejam contemporâneos, sejam simultâneos. Cada Estado vai fixar o seu, mas sejam simultâneos para que não tenham um trauma de um Estado pular e os outros ficarem para trás, ou os outros ficarem menor e começar a estabelecer uma concorrência via mecanismo salarial. Mas, acho que o ideal seria que no começo do ano, ou no fim do ano, cada um defina o seu . Não vejo porque os governadores não devam definir isso. Pergunta: Governador, mas o problema é de onde os governadores vão tirar os recursos? Covas: Mas, eu não tenho de onde tirar, eu já pago isso. Pergunta: Não, eu estou falando do salário mínimo que o senhor falou que é muito baixo. Já surge uma idéia no Ministério da Fazenda de aumentar a base de contribuintes tributáveis, ou então diminuir Covas: Bom, mas este secretário da Receita Federal se você der um espirro ele diz olha está espirrando precisa aumentar o imposto. Pergunta: Bom, mas a idéia é do presidente Fernando Henrique. Covas: Não, a idéia não é do presidente. Eu garanto que não é. A idéia é dele que diz que o mundo vai acabar se não aumentar os impostos. Pergunta: O Everardo já falou que era melhor taxar os Fundos de Pensões, mas parece que esta idéia foi rejeitada. O que não deixa de ser imposto. Covas: Não sei não. Previ não vai ser fácil taxar o Previ. O banco talvez seja fácil, mas o Previ não. O Aluísio Mercadante acho que não deixa. Pergunta: Como é que o senhor sentiu a receptividade dos diretores e professores hoje aqui. Este é o último evento antes do senhor ser internado? Covas: Não, não foi evento da agenda. Segunda-feira eu fui inaugurar o quê? Pergunta: Não o último, antes de ir? Covas. O último coisa nenhuma. Pelo amor de Deus, não me venha com este papo. Diga que é o penúltimo. Amanhã, ainda vou inaugurar duas unidades do Qualis. Pergunta: Então vou refazer a pergunta. Como é que o senhor sentiu a receptividade? Covas: Eu achei ótimo. Esse povo é muito bom, até me comoveu. Sobretudo por ser o magistério. É uma coisa que eu não me perdoava era este problema. Eu nunca entendi porque se esgarçou a relação durante uma parte do governo. Pergunta: O senhor acha que não existe mais a mágoa que sobrou da greve? Covas: Olha atribuir que aquela greve era de professores acho que é um exagero. Ali o que menos tinha era professor, embora tivesse professor ilegitimamente. Diga-se de passagem que no meu governo eu tive duas greves. Eu tive uma no meu começo de governo, com três meses de governo e tive outra agora. É a primeira vez que isso acontece na história de São Paulo. Greve do magistério aqui em são Paulo era um fato necessariamente anual. No meu governo nós tivemos três meses depois que eu assumi, ainda no bojo do que vinha de atrás e agora nesse ano. Agora naquela greve quem viu as passeatas viu que tinha gente do Banespa, gente do INSS, gente do PcdoB. Ninguém estava escondido, cada um se identificava, e havia professores também. Mas, era mais a Apeoesp do que professores. Realmente aquilo ali acabou para mim em especial acabou se tornando uma situação desagradável, parece que se agrediu professores e a rigor o que se fez não foi isso. Pergunta: O senhor acredita que com estes investimentos a relação com o sindicato magistério melhora? Covas: Não sei dizer. O objetivo não é cooptar ninguém. O objetivo é dar aquilo que para o governo parece o possível e o necessário. Não é para agradar ninguém, não se está fazendo isso com o objetivo de cooptar ninguém ou de resgatar qualquer tipo de dívida. O tipo de dívida que a gente tem com a educação é quanto mais possível oferecer recursos para que ela seja melhor. Pergunta: Começam agora e10/27/2000
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