Collor cobra do governo de Alagoas combate à violência contra mulheres



A violência contra a mulher em Alagoas e a lentidão do governo estadual em coibir o problema foram tema do discurso do senador Fernando Collor (PTB-AL) nesta quarta-feira (6). Alagoas é o segundo estado onde mais morrem mulheres assassinadas, e Maceió é a terceira capital mais violenta para as mulheres, de acordo com o Mapa da Violência elaborado pelo Instituto Sangari e o Ministério da Justiça.

Collor disse que a luta para modificar esse quadro deve ser de todos, principalmente das autoridades publicas responsáveis pela segurança da população. Em seu discurso ele não poupou críticas ao governador do estado, Teotônio Vilela.

De acordo com o senador, a resposta do governo aos índices classificados como “assustadores” pela Comissão Parlamentar Mista (CPMI) da Violência Contra a Mulher estão aquém do esperado. Ao questionar Vilela sobre o que vem sendo feito, lembrou que as três delegacias especializadas em atendimento à mulher, duas em Maceió e uma em Arapiraca, funcionam precariamente, por vezes estão fechadas pela ausência de policiais.

– Esse é o carimbo indelével do governador do estado, que já se tornou notável por usar a passos de tartaruga a caneta delegada a ele pelo povo – disse, acusando o chefe do governo estadual de “sonolência administrativa”.

Collor também recordou um compromisso firmado por assessores do governador com as parlamentares da CPMI de que seriam instalados três núcleos de atendimento à mulher em situação de risco em três cidades do estado, mas nada teria sido feito ainda.

Comemoração

O senador destacou, no mesmo pronunciamento, a importância das comemorações ligadas ao Dia Internacional da Mulher, em 8 de março. No Senado, a data foi lembrada nesta quarta-feira durante a cerimônia de entrega do Diploma Mulher-Cidadã Bertha Lutz.

Ele também frisou a importância da recém-instalada Procuradoria da Mulher no Senado Federal, dirigida pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).

– A cidadania feminina, excluída ao longo dos séculos e cada vez mais resgatada, vem sendo reconhecida, mas ainda há muito a ser feito para dar paz e tranquilidade às mulheres - concluiu.



06/03/2013

Agência Senado


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