Colombo defende 'política pública corajosa' contra as drogas



O senador Raimundo Colombo (DEM-SC) sugeriu nesta quarta-feira (28) o uso dos veículos de comunicação em "uma guerra forte contra as drogas". Ele lembrou a rápida mobilização do Senado diante do risco representado pela expansão da gripe A (H1N1), e lamentou que o mesmo não ocorra com relação "à tragédia das drogas".

- Falta uma política pública corajosa e determinada para enfrentar na raiz os grandes problemas. E aí, a sociedade precisa ser instada a participar e dar sua colaboração, que eu considero muito importante. Eu sinto que os jovens estão participando, despertando, contribuindo de forma significativa para se criar um novo momento - afirmou.

Colombo citou reportagem do jornal O Globo, sobre o drama de um rapaz viciado em crack que matou a namorada, e alertou para "essa doença" que está contaminando a juventude em todo o país. Ele disse que, em Santa Catarina, uma campanha feita pela rede de televisão RBS, já levou quase a metade dos veículos a portarem um adesivo com a frase: "Crack, nem pensar".

O senador cobrou a votação da proposta de emenda à Constituição (PEC 42/08) que estende aos jovens a proteção e os direitos já consagrados às crianças e aos adolescentes, além de prescrever a elaboração do estatuto e do plano nacional da juventude. Ele assinalou que, hoje, mais da metade das pessoas presas no Brasil estão na faixa de 18 a 29 anos e a maioria dos crimes também são cometidos por jovens na mesma faixa de idade.

- O jovem, ao mesmo tempo em que é a maior vítima, é também o que mais comete o crime e não temos políticas públicas eficientes - lamentou.

O senador Mário Couto (PSDB-PA) disse, em aparte, que no Pará três pessoas são assassinadas todos os dias, a tiro, número que chega a 12 nos fins de semana. Ele lembrou que há dois anos e meio fez um discurso sobre a falta de segurança pública e alertou para a guerra instalada no país. Para confirmar seu alerta, Mário Couto apresentou estatísticas sobre mortes mensais de policiais militares no Brasil.



28/10/2009

Agência Senado


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