Papaléo defende política de combate às drogas associada à educação de crianças e jovens



O senador Papaléo Paes (PSDB-PA), em discurso nesta terça-feira (14), posicionou-se contra a legalização das drogas e defendeu a manutenção de uma política de combate ao uso de substâncias ilícitas, associada a um programa de educação de crianças e jovens. Para ele, com essa diretriz, é possível obter "bons resultados".

Mesmo com balanços não muito animadores da política de proibição associada à repressão policial em todo o mundo, o senador ressaltou que tal fato não pode levar à conclusão oposta, de que a liberação é a forma de combate que poderá ser a mais eficaz.

- Minha convicção é que a sociedade tem a responsabilidade de interditar todo consumo de substâncias que sejam comprovadamente prejudiciais à saúde de indivíduos ou grupos. E é função do Estado garantir que essa proibição seja respeitada -afirmou.

Como estratégia para o combate, disse Papaléo, em primeiro lugar, jamais se deve tornar o consumo livre, mesmo o individual e doméstico. Somado a isso, é preciso fazer "o que todo processo de mudança de comportamento exige; a educação pelo convencimento". Desde as classes iniciais das escolas, é preciso que nas aulas de ciências e inserção social as crianças aprendam os malefícios que representam as drogas para sua própria vida e para a vida dos demais membros do grupo em que vivem.

- Só assim, educando e convencendo as pessoas, se conseguirá mudar comportamentos e influenciar hábitos individuais e coletivos. É claro que a repressão à produção e ao comércio não pode ser abandonada, mas não pode ser o ponto focal da ação do Estado - assinalou.

Papaléo, que é médico, também apontou os malefícios à saúde, tanto das drogas legalizadas, como o tabaco e o álcool, quanto das ilícitas. Mesmo a maconha, sempre mencionada como "mais branda", produz males como privação parcial dos sentidos e consciência, que não podem ser considerados inócuos, conforme afirmou. A estimativa é que haja cerca de 200 milhões de consumidores de drogas no mundo, dos quais 160 milhões fumam maconha. Esse consumo fomenta o mercado produtor, que movimenta US$ 322 bilhões anuais.



14/04/2009

Agência Senado


Artigos Relacionados


Camata defende política do governo do Rio de Janeiro no combate à violência e ao tráfico de drogas

Papaléo cobra ação mais eficaz do governo no combate às drogas

Estudantes poderão atuar no combate ao uso de drogas entre jovens

Geovani Borges pede mais ações para combater consumo de drogas entre crianças e jovens

Educação e esporte são caminhos para afastar jovens das drogas, dizem especialistas

TUMA APLAUDE POLÍTICA INTEGRADA DE COMBATE ÀS DROGAS