Combate ao fumo evita mortes por doenças crônicas



No mundo existem cerca de 1 bilhão de fumantes e cerca de 10% desses morrem por causas atribuídas ao tabagismo. O fumo é um importante fator que influencia no surgimento de doenças crônicas. Dentre elas, destacam-se os vários tipos de câncer, como por exemplo, o de boca, faringe, estômago e, principalmente, o de pulmão. Em 90% dos casos diagnosticados, o câncer de pulmão está associado ao consumo de derivados de tabaco.

Nesta segunda-feira (29), dia nacional de combate ao fumo, o Ministério da Saúde fez um alerta e lembrou que o Plano de Ações Estratégicas para Enfrentamento de Doenças Crônicas Não Transmissíveis prevê diversas ações de combate ao consumo de cigarro

A meta é reduzir a proporção de fumantes na população brasileira de 15% para 9% em 2022. Para isso, serão realizadas ações de enfrentamento ao tabagismo, como por exemplo, adequar a legislação nacional que regula o ato de fumar em recintos coletivos e ampliar as ações de prevenção e de cessação do tabagismo em toda a população.  

Segundo dados do ministério, nos últimos cinco anos, a proporção de fumantes na população brasileira das capitais caiu de 16,2% para 15,1%, com redução mais expressiva entre os homens. A redução no número de fumantes teve reflexo no total de casos de câncer. Houve queda nos casos em homens jovens e uma redução de 38% da taxa de mortalidade por doenças respiratórias crônicas de 1996 a 2007 no Brasil.

“Nós tivemos esse grande avanço em função das políticas públicas que foram desenvolvidas, em relação à proibição de propagandas, campanhas educativas, as estampas de advertência nos maços. Todas essas medidas do Ministério da Saúde e parceiros fizeram com que houvesse esse recuo e hoje nós temos uma das menores prevalências de tabaco do mundo”, explica Deborah Malta, coordenadora de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis, do Ministério da Saúde.

Em 2010, o departamento de ouvidoria geral do Sistema Único de Saúde (SUS) realizou mais de 2 milhões de atendimentos. Do total de pessoas atendidas, 60% estavam interessadas em como parar de fumar e 20%, queriam saber como ajudar outra pessoa a parar de fumar.

“Temos de acabar com o hábito de fumar porque tem gente que fuma um ou dois cigarros por dia e diz que isso não é vício. Fumar um cigarro que seja já é prejudicial à saúde e essa pessoa precisa ser ajudada a parar”, alertou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Entre 2005 e 2010, foram investidos R$ 86,2 milhões no tratamento de fumantes. Neste período, também foram distribuídos 26,5 milhões de adesivos, 3,7 milhões de gomas de mascar e 3,2 milhões de pastilhas de nicotina,  além de 8,3 milhões de comprimidos de cloridrato bupropiona , que é um medicamento usado no tratamento de fumantes.


Fonte:
Ministério da Saúde 

 

29/08/2011 20:57


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