Plano de combate a doenças crônicas prevê ações para envelhecimento ativo



O Plano de Ações de Enfrentamento às Doenças Crônicas Não Transmissíveis, criado pelo Ministério da Saúde e apresentado no mês de agosto, propõe ações que visam fortalecer o envelhecimento ativo de forma saudável. O objetivo do envelhecimento ativo é aumentar a expectativa de uma vida saudável e a qualidade de vida para todas as pessoas que estão envelhecendo, inclusive as que são frágeis, fisicamente incapacitadas e que requerem cuidados.

Segundo a coordenadora de Doenças e Agravos não Transmissíveis do Ministério da Saúde, Deborah Malta, para garantir que o envelhecimento seja uma experiência positiva, deve ser acompanhada de oportunidades contínuas de saúde, participação e segurança.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) adotou o termo “envelhecimento ativo” para expressar o processo de conquista dessa visão. “Ativo” refere-se à participação contínua nas questões sociais, econômicas, culturais, espirituais e civis, e não somente à capacidade de estar fisicamente ativo ou de fazer parte da força de trabalho.

“As pessoas mais velhas que se aposentam e aquelas que apresentam alguma doença ou vivem com alguma necessidade especial podem continuar a contribuir ativamente para seus familiares, companheiros, comunidades e países”, ressalta Deborah Malta.

A abordagem do envelhecimento ativo baseia-se no reconhecimento dos direitos humanos das pessoas mais velhas e nos princípios de independência, participação, dignidade, assistência e auto-realização conforme estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Para isso, é necessário promover bases de conhecimento sobre gerontologia e geriatria através de iniciativas de treinamento e de pesquisa.

Deborah Malta destaca que é preciso enfatizar o incentivo a iniciativas interdisciplinares e intersetoriais, principalmente aquelas direcionadas aos países em desenvolvimento, que enfrentam os índices rápidos e sem precedentes da população que está envelhecendo, dentro de um contexto de pobreza predominante e problemas de infraestrutura não solucionados.


Estatísticas

O Brasil, hoje, apresenta um contingente de aproximadamente 21 milhões de idosos (pessoas com idade igual ou superior a 60 anos); em 2025 esse número passará para 32 milhões, quando o Brasil ocupará o sexto lugar no mundo em população idosa, e em 2050 o percentual de idosos será igual ou superior ao de crianças de zero a 14 anos.

Existem diversos fatores que contribuem para a maior expectativa de vida e, consequentemente, para o aumento da população idosa. A população idosa brasileira tem crescido de forma rápida e dentro desse grupo, os denominados “mais idosos, muito idosos ou idosos em velhice avançada” acima de 80 anos, também vem aumentando proporcionalmente e de maneira mais acelerada, constituindo o segmento populacional que mais cresce nos últimos tempos, sendo hoje mais de 12% da população idosa.

Em 1900, a expectativa de vida do brasileiro era de 33 anos; hoje, é  maior para as mulheres, com 76,8 anos, do que para os homens, com 69,3 anos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

Fonte:
Ministério da Saúde



12/09/2011 11:09


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