Comércio eletrônico é alternativa para pequenos empresários
O comércio eletrônico ou e-commerce, como é conhecido mundialmente, pode ser uma boa saída para a realização de negócios por micro e pequenos empreendedores, como artesãos. A afirmação foi feita pelo diretor executivo da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net), Gerson Rolim.
“Nós enxergamos o comércio eletrônico como uma excelente e gigantesca oportunidade de negócios para o micro, pequeno e médio empresário. E o artesão, certamente, se encontra nesse rol de empreendedores, principalmente se esse pequeno empreendedor tem foco em um mercado de nicho, que é o perfil do artesão, que trabalha em um produto específico que acaba sendo regional”, disse.
A camara-e.net tem observado um crescimento acelerado do comércio eletrônico no Brasil, que este ano deverá aumentar 40% em relação ao faturamento do ano passado, de R$ 10,5 bilhões. Rolim destacou que o e-commerce traz também ferramentas - os portais de comparação de preços - que permitem aos consumidores ter instantaneamente a informação de onde comprar pelo menor preço possível.
Para ter competitividade de preços com os grandes varejistas online, Rolim recomendou que os pequenos empreendedores deem prioridade a uma produção diferenciada.
As lojas virtuais, como o portal Tanlup - que em 14 meses de lançamento já tem 1.400 pequenos empreendedores associados de artesanato e moda -, são uma tendência mundial, admitiu o diretor executivo da camara-e.net. “Para o pequeno [empreendedor], que tem mercado limitado ao bairro ou à microrregião onde atua, ele rompe essas barreiras geográficas por meio da internet. Ele passa a poder atender a todos os municípios do seu estado e, numa situação mais abrangente, [atende] o Brasil inteiro e até fora do País”.
Em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae) e os Correios, a camara-e.net realiza um trabalho de sensibilização e capacitação dos micro, pequenos e médios empreendedores para o comércio eletrônico. O evento ciclompe.net faz essa capacitação.
Rolim assegurou que os negócios feitos por meio do e-commerce nessas lojas virtuais são seguros para os consumidores. Para reduzir experiências ruins nas transações pelo comércio eletrônico, a camara-e.net recomenda que os consumidores comprem de lojas e marcas conhecidas.
Para abranger os micro e pequenos empreendedores que ainda não têm marcas conhecidas, a entidade e as associações comerciais estão se preparando para lançar, ainda neste semestre, um selo de qualidade na internet. “Assim como o e-consumidor tem uma cartilha de boas práticas para seguir, para minimizar ao máximo o risco de ter uma experiência ruim online, também existem boas práticas de segurança a serem seguidas pelo e-varejista”, observou Rolim.
A certificação permitirá à câmara indicar que os consumidores podem comprar dos pequenos empreendedores que tenham um selo de qualidade homologado pela entidade e pelas associações de comércio. Ele garantiu que o Brasil tem hoje um grupo de empresas que prestam serviços de pagamento para o comércio eletrônico com segurança, que “mitigam a quase zero o risco da transação online. Um desses sistemas é o PagSeguro, associado da camara-e.net, utilizado pelo portal Tanlup.
Rolim avaliou que o êxito desse mercado de lojas virtuais se deve ao fato de o portal lançar mão de ferramentas seguras que, de um lado, facilitam a vida do e-varejista e, de outro, aumentam a segurança da transação. Os sistemas de pagamento eletrônico se responsabilizam pelo risco da operação, esclareceu.
“O mercado está se profissionalizando e o sistema que atende o comércio eletrônico no Brasil está maduro a ponto de começar a exportar know-how para países vizinhos”, afirmou.
Os consumidores podem obter maiores informações ou tirar dúvidas sobre a segurança no e-commerce no site Movimento Internet Segura, uma prestação de serviço público.
Fonte:
Agência Brasil
11/08/2010 20:01
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