Comissão de Fiscalização decide ouvir Ricardo Sérgio, Eduardo Jorge e procuradores



A Comissão de Fiscalização e Controle decidiu nesta quarta-feira (dia 6) convidar para depoimento Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-diretor de Negócios da Área Internacional e Comercial do Banco do Brasil, para que ele dê explicações sobre denúncias de que houve cobrança de comissões na privatização do sistema telefônico federal. Ele também será questionado sobre o envolvimento da BrasilPrevi, empresa de previdência do Banco do Brasil, nas operações de privatização. O requerimento de convocação foi apresentado pelo próprio presidente da comissão, senador Ney Suassuna (PMDB-PB).

Suassuna anunciou ainda que estava enviando convites, para que dêem explicações à Comissão de Fiscalização, a Eduardo Jorge Caldas, ex-secretário-geral da Presidência da República, e os procuradores federais Luiz Francisco de Souza e Guilherme Schelb. Eduardo Jorge vem sendo investigado pelos procuradores por causa de notícias de que ele teria praticado tráfico de influência quando estava no governo, tendo inclusive participado das negociações que levaram à liberação de verbas para as obras do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, as quais foram desviadas. Suassuna disse que pretende, ao final dos depoimentos, promover uma acareação entre Eduardo Jorge e os procuradores. Se possível, os três serão ouvidos na próxima semana.

O presidente da comissão anunciou ainda o envio de ofício ao secretário da Receita Federal, Everardo Maciel, para que ele explique o que significa "pontos nebulosos" na declaração de renda 98/99 do ex-secretário Eduardo Jorge Caldas. A informação foi publicada pela Folha de S. Paulo desta quarta-feira (dia 6).

A Comissão de Fiscalização aprovou ainda requerimento do senador Eduardo Suplicy (PT-SP) solicitando que o Tribunal de Contas da União faça uma inspeção, seguida de tomada de contas especial, nos convênios firmados entre o DNER e o governo do Tocantins, para construção e recuperação de trechos das rodovias BR-230, BR-153, BR-242 e BR-010. Conforme Suplicy, auditoria do TCU já constatou superfaturamento, defeitos nas obras, prestação de informações inverídicas pelo DNER, adulteração de informações prestados pelo governo do Tocantins e superdimensionamento de volume de serviços executados em trechos destas rodovias.

Também foi aprovado requerimento do senador Romero Jucá (PSDB-RR) pedindo uma tomada de contas especial pelo TCU no convênio firmado entre a Superintendência da Zona Franca de Manaus e a prefeitura de Alto Alegre (RR), no valor de R$ 778 mil, destinado à compra de mudas de café, acácia e caju, que seriam usadas em um projeto destinado a incentivar tais culturas. Jucá informou que uma reportagem do jornal Folha de Boa Vista mostrou que a prefeitura implantou "um pseudo cafezal" e que os preços de compra das mudas foram superfaturados.

06/06/2001

Agência Senado


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