COMISSÃO REPRESENTATIVA DECIDE NÃO OUVIR EDUARDO JORGE



A Comissão Representativa do Congresso decidiu ontem (dia 19) não convidar o ex-secretário-geral da Presidência, Eduardo Jorge Caldas, para depor sobre suas ligações com as obras superfaturadas do TRT de São Paulo. A Comissão aprovou o parecer do senador Carlos Patrocínio (PFL-TO), argumentando não haver tempo hábil para que se esgotasse um assunto tão importante, uma vez que a Comissão encerra seus trabalhos no próximo dia 31. Votaram contra somente a senadora Heloísa Helena (PT-AL) e os deputados Fernando Coruja (PDT), Pedro Celso (PT) e Djalma Paes (PSB).
Em seu parecer, Patrocínio indicou como o foro adequado para ouvir o depoimento de Eduardo Jorge a subcomissão criada no âmbito da Comissão de Constituição e Justiça do Senado para examinar fatos novos sobre a CPI do Judiciário. "Considero imprescindível que o Congresso ouça as explicações de Eduardo Jorge, sobre suas ligações com o ex-juiz Nicolau dos Santos Neto e o desvio de R$ 169 milhões das obras do TRT/SP, mas é preciso haver tempo para fazer um bom trabalho de investigação", argumentou.
Patrocínio lembrou que o governo federal quer esclarecer o assunto e a população está ansiosa para conhecer toda a verdade. "Eu, particularmente, tenho o maior empenho em esclarecer todo o episódio. Remeter o assunto para a subcomissão não é procastinar o exame do tema. Ao contrário, é garantir o amplo esclarecimento do assunto", disse.
A Comissão examinou três requerimentos pedindo a vinda de Eduardo Jorge e mais dois, solicitando as convocações do ministro do Planejamento, Martus Tavares, e do ex-ministro da mesma pasta, Andrea Calabi, para explicar as liberações de verbas de contingência do governo federal para as obras do TRT/SP. Por decisão do plenário, a decisão sobre Eduardo Jorge foi estendida aos requerimentos sobre os ministros do Planejamento.
O líder do governo no Congresso, deputado Artur Virgílio (PSDM-AM) apresentou mais três requerimentos para que a comissão convocasse os presidentes do Tribunal de Contas, Iram Saraiva, e do Tribunal Superior do Trabalho, Wagner Pimenta, e o deputado João Coser (PT-ES), para falar também sobre as liberações de verbas orçamentárias e suplementares para a obra. Por decisão do plenário e indicação do relator, deputado Aracely de Paula (PFL), esses depoimentos também foram remetidos à subcomissão da CCJ.
Ao final da sessão, a senadora Heloísa Helena apresentou requerimentos pedindo a convocação do senador Carlos Bezerra (PMDB-MT), relator do orçamento da União para 1998, da deputada Yeda Crusius (PSDB-RS) coordenadora da subcomissão do Orçamento que examinou obras irregulares nesse mesmo ano, e do deputado Hélio Rosas (PMDB-SP), autor de uma emenda ao orçamento, dando R$18 milhões ao TRT/SP. Por decisão do plenário e dos relatores designados, senador Edison Lobão (PFL-AM) e deputado Maria Abadia (PSDB-DF), esses depoimentos também ficaram transferidos para s subcomissão da CCJ.

20/07/2000

Agência Senado


Artigos Relacionados


COMISSÃO REPRESENTATIVA DECIDE NÃO OUVIR EDUARDO JORGE

Comissão de Fiscalização decide ouvir Ricardo Sérgio, Eduardo Jorge e procuradores

COMISSÃO DO CONGRESSO DECIDE NA QUARTA SE EDUARDO JORGE DEPÕE EM COMISSÃO

COMISSÃO DO CONGRESSO DECIDE NA QUARTA SE EDUARDO JORGE DEPÕE EM COMISSÃO

COMISSÃO DO CONGRESSO DECIDE NA QUARTA SE EDUARDO JORGE DEPÕE EM COMISSÃO

Presidente decide não convocar a Comissão Representativa no recesso