Comissão de Infra-Estrutura ouve dirigentes do setor ferroviário
Com o objetivo de discutir as regras que disciplinarão a venda de concessionárias ferroviárias, a Comissão de Serviços de Infra-Estrutura (CI) ouviu, nesta quinta-feira (23), o presidente do Conselho de Administração da Brasil Ferrovias, Guilherme Narciso de Lacerda, o presidente da Brasil Ferrovias, Elias David Negri, e o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), José Alexandre Nogueira Resende.
O senador Delcídio Amaral (PT-MS) manifestou sua preocupação com a possibilidade de que a venda iminente das empresas Ferroban, Ferronorte e Novooeste resulte em prejuízos para a população dos estados servidos por essas redes, em especial São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Delcídio disse que a privatização mal feita da Novoeste, em 1996, causou grande prejuízo às regiões produtoras de seu estado, Mato Grosso do Sul. A ferrovia, que transportava sete milhões de toneladas por ano no princípio da década, passou a transportar apenas a metade, depois de vendida.
- Com essa nova alienação do controle, ou de parte do controle, da Ferroban, Ferronorte e Novooeste, devemos ficar atentos para que o modelo adotado na venda esteja em sintonia com a importância estratégica dessas empresas. Um passo mal dado agora pode significar a estagnação ou o retrocesso econômico de uma região por anos e até décadas - advertiu.
O senador pelo Mato Grosso do Sul anunciou que apresentará um requerimento para ouvir, na CI, autoridades do governo federal para explicarem por que as parcerias público privadas (PPP) "não saíram do papel". Ele informou que já existem 14 projetos de PPP em âmbito estadual, mas nenhum em nível federal.23/03/2006
Agência Senado
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