Comissão do Rio São Francisco ouve dirigentes de órgãos ligados ao setor elétrico



A Comissão Especial do Rio São Francisco, criada para acompanhar o projeto de revitalização do rio, recebeu na tarde desta terça-feira (20) o vice-presidente da Companhia de Energia de Minas Gerais (Cemig), Guy Villela Paschoal, o diretor-presidente da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), Mozart de Siqueira Campos Araújo e o Superintendente da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Amilton Geraldo.

Questinado pelo relator, senador Waldeck Ornellas (PFL-BA), Guy contestou a tese defendida pelo presidente da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), Airson Bezerra, segundo a qual, com a construção de 11 usinas em Minas Gerais seria possível regularizar a vazão do rio. Entenda-se por regularização a construção de barreiras para contenção das águas do rio que seriam utilizadas para geração de energia, abastecimento e irrigação.

Conforme revelou Guy, estudos comprovam a inviabilidade da construção da maioria dessas usinas. Ele afirmou que as áreas consideradas adequadas pela Codevasf para a construção dessas barragens provocariam inundações em cidades próximas às usinas. Mas ele garantiu que a empresa já vem tomando providências para aumentar a oferta de energia. Como exemplo ele citou o projeto da Usina de Queimado, próxima à cidade de Paracatu (MG), construída por meio de um consórcio da Cemig com a Central Elétrica de Brasília (CEB).

Ao explicar a função da Aneel no processo de construção de novas usinas, Amilton informou que o órgão toma sempre o cuidado de realizar um estudo sobre os impactos ambientais e sócio-econômicos da obra. Ainda segundo Amilton, existem 20 usinas em operação na Bacia do Rio São Francisco e cerca de uma dezena de projetos em estudo.

Em sua explanação, Mozart disse que a Chesf já promove o monitoramento da fauna aquática, da pesca e da qualidade da água do rio tal como prevê o projeto de revitalização. Ele afirmou que a Usina de Sobradinho ilustra a importância que uma barragem tem para uma região. Sem a barragem, continuou, a seca no Nordeste seria muito mais violenta e o problema de falta de energia, mais grave.

20/11/2001

Agência Senado


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