Comissão de Saúde debate situação de hospitais psiquiátricos do Estado



A Comissão de Saúde e Meio Ambiente debateu na manhã de hoje (13/12), a situação do Hospital Psiquiátrico São Pedro e do Hospital Espírita em relação às mudanças exigidas pela Lei da Reforma Psiquiátrica do Estado. A representante do Ministério Público Estadual, Maria Cristina Santos de Lucca, disse que os valores liberados pelo governo Estadual não resolvem o problema de todas as entidades que trabalham com doentes mentais, mas sim de casos isolados. "Temos o exemplo do Lar Auxiliadora, que foi interditado pela Secretaria de Saúde por não ter condições de prestar seus serviços, deixando 27 pacientes sem local para ficar, pois estes eram egressos do hospital São Pedro", disse ela. A diretora-administrativa do Hospital Espírita de Porto Alegre, Lenir Corbellini, comunicou que a sua entidade receberá até o final do mês de dezembro uma verba de R$ 250 mil do governo do Estado. "Este valor irá amenizar os problemas do nosso hospital e ajudar na manutenção da entidade", declarou. Segundo ela, o estabelecimento está pronto para se adequar à legislação da Reforma Psiquiátrica. "Havendo o reconhecimento da Secretaria da Saúde da importância do hospital no contexto da saúde, acho que a entidade tem tudo para se adequar e ser um modelo na área da psiquiatria no Rio Grande do Sul". Já o secretário substituto da Secretaria da Saúde do Estado, Gilberto Barichello, explicou a política de assistência hospitalar que existe no Estado. "Nós liberamos recursos em cima de critérios assistenciais. Até o momento, foram repassados R$ 22 milhões, que beneficiaram 250 hospitais Gaúchos", relatou o secretário. O presidente da Comissão, deputado Eliseu Santos (PTB) declarou que a Assembléia poderá, através de debates, melhorar as condições de atendimento do paciente psiquiátrico no Estado. Estiveram presentes na reunião os deputados Jorge Gobbi (PSDB), Edson Portilho e Cecilia Hypolito (PT). Comissão inicia discussão sobre criação de cargo de fonoaudiólogo no Estado Em reunião extraordinária, a Comissão de Saúde e Meio Ambiente iniciou as discussões referentes à criação do cargo de fonoaudiólogo em nível técnico-científico, no serviço público estadual. O projeto, do deputado Eliseu Santos, vai gerar, inicialmente, 16 cargos, distribuídos nas classes A, B, C e D em todo o Estado. "Do ponto de vista do mérito, é absolutamente procedente o encaminhamento de projeto de criação de vagas para fonoaudiólogo", comentou o coordenador de Recursos Humanos da Secretaria Estadual da Saúde, José Eduardo Gonçalves. Representantes da Associação Sul-Riograndense de Fonoaudiologia e do Curso de Fonoaudiologia de universidades gaúchas estiveram no encontro apoiando a proposta do parlamentar.

12/13/2000


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