Comissão de Serviços Públicos discute segurança em Teutônia
O subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Mauro Renner, falou que o papel do Ministério Público é de proteger o cidadão e preservar seus direitos. "Nosso dever é representá-los da melhor maneira possível e por isso precisamos da colaboração da comunidade para buscarmos soluções aos problemas encontrados", destacou.
Apresentando dados que contestam a opinião da população de que o município é um lugar violento, o comandante da Brigada Militar de Teutônia, Fábio Marmit, afirmou que pelos dados que vêm coletando desde sua chegada à cidade, o ano de 2002 foi considerado o mais tranqüilo no que se refere aos casos de roubos, furtos qualificados, desordem e trânsito.
Para a delegada regional Elizabeth Müller, os números comprovam que segurança é um dever do Estado e responsabilidade de cada um. A delegada afirmou ainda, que um dos grandes problemas que a Polícia Civil e a Brigada Militar enfrentam é que as pessoas presenciam crimes e se negam a depor com medo de represálias. "É necessário salientar que nossas fontes sempre são preservadas e protegidas", lembrou.
A comunidade que lotou o auditório do Sesc também contribuiu com depoimentos. O líder comunitário Romeu Echer se mostrou preocupado com sua segurança e dos seus filhos. "Cada família tem que se conscientizar de que o mundo mudou e não podemos mais deixar nossas casas abertas como antigamente".
Representando o chefe de Polícia do Estado, delegado José Antônio de Araújo, a delegada Jussara Simon foi enfática ao afirmar que tanto a Polícia Civil quanto a Brigada Militar estão sempre implementando suas operações para combater o crime. "Trabalhamos integrados para estabelecer a ordem e a tranqüilidade da população. Mas precisamos da participação da comunidade".
Outra questão levantada foi a revelação do delegado de polícia Mauro Mallmann de que a maioria dos crimes não são realizados por teutonienses. O delegado também enumerou os fatores que facilitam a realização de crimes no muncípio, como a grande distância entre os bairros, as várias rotas de fuga e o efetivo policial que é composto por apenas quatro policiais.
Schneider ficou satisfeito em propor um diálogo entre as autoridades e a comunidade através da Comissão. "É com o objetivo de buscar alternativas e construir caminhos que trabalhamos. O município de Teutônia mereceu a atenção prestada, porque a comunidade mostrou a sua força engajando-se na luta contra a violência e a criminalidade", salientou o parlamentar.
Participaram ainda da audiência pública, lideranças empresariais, políticas e comunitárias dos municípios de Teutônia, Poço das Antas, Imigrante, Colinas, Fazenda Vilanova e Westfália.
08/14/2002
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