Comissões de Meio Ambiente e de Ciência e Tecnologia debaterão experiência do Brasil em energia nuclear



A experiência brasileira na utilização de energia nuclear nas usinas de Angra 1 e Angra 2 será debatida em reunião conjunta das comissões de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) e de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT). Participarão da reunião, marcada para terça-feira (20), às 11h30, o diretor-presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva; o secretário de planejamento e desenvolvimento energético do Ministério de Minas e Energia, Altino Ventura Filho; e um representante do Ministério do Meio Ambiente.

A discussão sobre esse tema foi requerida pelos senadores João Pedro (PT-AM), Augusto Botelho (PT-RR), Flávio Torres (PDT-CE) e Flexa Ribeiro (PSDB-PA). A Eletronuclear é uma sociedade anônima controlada pela Centrais Elétricas Brasileiras (Eletrobrás), vinculada ao Ministério de Minas e Energia. A empresa foi criada em 1997 com o objetivo de operar e construir as usinas termonucleares brasileiras.

Atualmente estão em operação no Brasil as usinas Angra 1 (com capacidade para geração de 657 megawatts elétricos) e Angra 2 (capaz de produzir 1.350 megawatts). A Angra 3, ainda em fase de implantação, deverá gerar 1.405 megawatts elétricos. O Plano Nacional de Energia (PNE 2030) - que subsidia o governo na sua política de expansão da oferta de energia até 2030 - aponta a necessidade da construção de novas centrais nucleares nas Regiões Nordeste e Sudeste.

Primeira usina nuclear brasileira, a Angra 1 entrou em operação comercial em 1985. A usina gera energia suficiente para suprir uma capital como Vitória ou Florianópolis, com cerca de 1 milhão de habitantes. A Angra 2 começou a funcionar comercialmente em 2001. Ela, sozinha, tem capacidade para atender o consumo de uma região metropolitana do tamanho de Curitiba, que abriga na faixa de 2 milhões de habitantes.



16/10/2009

Agência Senado


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