Comissões do Senado discutirão fontes alternativas de energia



 Relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado em fevereiro, prevê que o derretimento das camadas polares deverá elevar o volume de água dos oceanos entre 18 e 58 centímetros até 2100. Tufões e secas deverão se tornar mais intensos. O uso de combustíveis fósseis é um dos responsáveis por esse cenário de catástrofe ambiental, que desperta no mundo a necessidade de ampliar o debate sobre a diversificação da matriz energética.

No Senado, as comissões de Serviços de Infra-Estrutura (CI), de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) e de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) promovem na terça-feira (17), às 10h30, audiência pública sobre fontes alternativas de energia.

Foram convidados para o evento o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Márcio Pereira Zimmermann; o secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência e Tecnologia, Luiz Antonio Rodrigues Elias; o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Jerson Kelman; o presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abee), Adão Linhares Muniz; e o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Haroldo Borges Rodrigues Lima.

Em recente entrevista à Agência Senado, o autor dos requerimentos propondo a audiência pública, senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), disse que já é possível retirar das forças naturais, como o vento e o sol, uma quantidade de energia superior à atualmente produzida através de combustíveis fósseis.

- Mas, como o sistema é o da ganância, ele ainda não permitiu a utilização desse potencial, porque a energia alternativa é muito cara e não vale a pena, na avaliação do capital. Por que ele vai usar uma energia cara, como a energia solar, mesmo sabendo que ela existe em abundância? Por que o sistema capitalista não usa a energia nova? Porque o petróleo ainda é muito barato - afirmou, na entrevista, Inácio Arruda.

13/04/2007

Agência Senado


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