Comitiva gaúcha discute aftosa com a OIE



A delegação gaúcha que participa da reunião da Organização Internacional de Epizootias (OIE), em Paris, foi recebida na manhã desta terça-feira (29/05) pelo presidente da entidade, Romano Marabelli. A comitiva conseguiu marcar uma conversa reservada com Marabelli, que ocorreu às 10h30min. O protolo da reunião da OIE diz que somente ministros podem fazer este tipo de solicitação mas, reconhecendo a importância dos assuntos pautados pela delegação do Rio Grande do Sul, formada por representantes do setor primário, deputados estaduais da Assembléia Legislativa, Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento e Fiergs, o presidente da OIE aceitou se reunir com a comitiva do Estado. Conforme o líder do governo no Legislativo, deputado Ivar Pavan, a reunião com Marabelli teve resultados positivos. O parlamentar declarou que foi possível expor a situação do Rio Grande do Sul, que conta hoje com focos isolados da febre aftosa, cercados pela vigilância sanitária. Pavan disse que Marabelli tomou conhecimento das ações que o governo estadual tem desenvolvido para controlar a doença. O presidente da OIE considerou a situação do Estado brasileiro emergencial e afirmou que acredita que o vírus da febre aftosa chegou ao Rio Grande do Sul via Argentina e Uruguai. Segundo o presidente da OIE é por isso que a entidade suspendeu temporariamente o certificado de zona livre de febre aftosa para o Estado. Marabelli disse que o Rio Grande do Sul pode adquirir o status de zona livre com vacionação se, em 90 dias, os focos forem debelados. Pavan informou que o presidente da OIE explicou durante a reunião que, caso os focos de febre aftosa se espalhem, atingindo outro estado do Brasil, o País todo perderá o certificado de zona livre. “Com isso fica claro que a ação do Rio Grande do Sul não pode ser isolada”, afirmou o líder do governo. “Estamos pagando sozinhos o custo de ser fronteira. Agora, com esta informação do presidente da OIE será necessário que os demais estados e o Ministério da Agricultura sejam solidários, evitando que o rebanho de todo o País acabe atingido pela doença”. Pavan acredita que a proteção da vacina contra a febre aftosa deve se estender a todo o Brasil. O parlamentar também falou sobre a necessidade do ministro da Agricultura, Pratini de Moraes, tratar esta questão de extrema importância para o Estado e para o país, sem qualquer preconceito para com o Rio Grande do Sul.

05/29/2001


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