Concluído o primeiro trecho do túnel da Linha 4 do Metrô
Alckmin vistoriou o primeiro encontro de túneis, sob a rua Parajuçara, entre as avenidas Vital Brasil e Valdemar Ferreira, no Butantã, zona oeste da c
O túnel da Linha 4-Amarela (Vila Sônia / Luz), que está sendo escavado em rocha, teve nesta terça-feira, dia 7, o primeiro trecho concluído. O governador Geraldo Alckmin vistoriou o primeiro encontro de túneis, sob a rua Parajuçara, entre as avenidas Vital Brasil e Valdemar Ferreira, no Butantã, zona oeste da capital, onde será instalada a estação que terá o nome do bairro. "Essa talvez seja a maior obra de infra-estrutura hoje do país. São mais de R$ 2,3 bilhões, 12,8 quilômetros de Metrô, 11 estações da Linha 4, a chamada Linha da Integração", afirmou o governador.
As escavações do túnel se desenvolvem em dois sentidos. Um em direção ao poço de ventilação e saída de emergência Valdemar Ferreira e outra no sentido contrário, do poço Valdemar Ferreira para a Estação Butantã. Hoje, os túneis se encontraram com a explosão da parede de argila que havia entre os dois. A ação foi presenciada por Alckmin, que vistoriou o túnel em seguida.
As obras na estação, com 34 metros de diâmetro e 36 metros de profundidade, estão sendo realizadas na quadra entre a Avenida Vital Brasil e as ruas MMDC, Camargo e Pirajuçara. Já o poço Valdemar Ferreira fica no canteiro central da avenida Valdemar Ferreira (entrada da Universidade de São Paulo – USP), esquina com a rua Parajuçara.
Quando entrar em operação, o poço de serviço Valdemar Ferreira será utilizado para troca de ar dos túneis e saída de emergência de passageiros. As obras foram iniciadas em agosto de 2004 e o poço tem 12,6 metros de diâmetro e 32,8 metros de profundidade. Em julho do ano passado, foram iniciadas as escavações de dois túneis de via – um no sentido da Estação Butantã e outro no sentido da Estação Pinheiros.
O túnel Valdemar Ferreira em direção à futura Estação Pinheiros está atualmente com 124 metros de extensão, a cerca de 150 metros da margem do Rio Pinheiros. A previsão é que as escavações atinjam o subsolo do leito do rio neste primeiro semestre de 2006. Nesse ponto, o túnel da Linha 4 passará a 15 metros abaixo da calha (fundo) do rio.
Na Estação Butantã foram iniciadas as escavações do túnel em direção Sul, sentido poço de serviço Três Poderes.
Mais de 76 mil toneladas de rochas retiradas
O Metrô agiliza os trabalhos e oferece mais segurança aos trabalhadores da obra com a utilização de uma perfuratriz, chamada de Jumbo. O equipamento é capaz de perfurar rochas com muito mais rapidez e precisão para a colocação de explosivos. No trecho, as escavações de túneis de via e do corpo da estação são realizados por detonações controladas, com a utilização de explosivos. As detonações são realizadas diariamente entre às 8 e 21 horas.
Nesse trecho já foram retiradas 76 mil toneladas de rochas. Isso corresponde a 5.220 viagens de caminhão basculante. Parte do que é retirado é aproveitado para o aterro do trecho de transição, na entrada do pátio de Vila Sônia.
Na ligação Luz-Vila Sônia, a Linha 4 – Amarela, a chamada ‘Linha da Integração’, terá um total de 11 estações, numa extensão de 12,8 quilômetros subterrâneos. Ao todo, são 26 frentes de trabalho, que vão do Pátio Vila Sônia à futura estação Luz da Linha 4, que está sendo construída ao lado da Estação Luz da Linha 1 (Jabaquara-Tucuruvi). Estima-se que a obra seja responsável por 44 mil postos de trabalho, entre empregos diretos e indiretos.
Na ligação Luz-Vila Sônia, a Linha 4 – Amarela terá um total de 11 estações, numa extensão de 12,8 quilômetros e investimento previsto de US$ 1,262 bilhão.
A previsão de início de operação previsto é dezembro de 2008. Até lá, estarão construídos os 12,8 quilômetros de túneis e as seis estações de maior movimento (Luz, República, Paulista, Faria Lima, Pinheiros e Butantã). Essa fase das obras também inclui obras de brutas de três estações intermediárias (Fradique Coutinho, Oscar Freire e Higienópolis), que devem ser finalizadas e entrar em funcionamento na segunda etapa das obras, quando também serão construídas mais duas estações (Morumbi e Vila Sônia) e o prolongamento para Taboão da Serra, com operação por ônibus sem cobrança de tarifa adicional. O início de operação dessa segunda fase está previsto para 2012.
A Linha 4 deverá ter a primeira Parceria Público-Privada (PPP) do Brasil, já que todo o material rodante deve ter investimento da iniciativa privada. "O primeiro edital de Parceria Público-Privada até agora é um grande sucesso. E teremos o recebimento das propostas em março. Esperamos trazer R$ 800 milhões da iniciativa privada para toda a área de trem, elétr
02/07/2006
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