Condomínio ocupam áreas públicas do Rio








- Condomínio ocupam áreas públicas do Rio

- Garagens cercadas sobre calçadas, ruas e praças privatizadas, quarteirões inteiros redesenhados sob a desculpa de dar mais proteção aos moradores. O cenário, muitas vezes construído com o aval da Prefeitura, ilustra um estudo de dois anos, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio. Ele revela mais que alterações estéticas - a insegurança dos cariocas -, resultando na apropriação de terrenos. (...) (pág. 1 e C1)

- Estudo feito por especialistas em informática do PT sobre a urna eletrônica considerou o sistema seguro e avançado. A avaliação, que poderia ser feita por todos os partidos, aprovou o modelo e coincide com a da equipe da Unicamp, que fez a mesma auditoria, a pedido do Tribunal Superior Eleitoral. Coordenador da equipe técnica petista, o engenheiro Artur Obino Neto, da Coppe/UFRJ, considerou que existem aperfeiçoamentos a serem feitos, mas rebateu as críticas sobre a confiabilidade.

Segundo ele, mecanismos que permitem o controle pelos partidos detectam tentativas de adulteração. A polêmica participação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) na transmissão codificada dos resultados de cada urna é defendida por Obino.

Segundo ele, das cinco equipes capacitadas, só o grupo da Abin, formado por técnicos egressos do Ministério da Ciência e Tecnologia, poderia fazer o trabalho. "Os outros são privados: três deles estrangeiros e um de militares da reserva que foram da área de informação da Marinha", revela, (pág. 1 e A4)

- As micro e pequenas empresas respondem por 67% do emprego no Brasil, embora contribuam com apenas 20% do Produto Interno Bruto (PIB). Em países como a Espanha, esses empreendimentos contribuem com 64% do PIB. Para ampliar a arrecadação de impostos no
Estado e tirar milhares de pessoas da economia informal, a governadora Benedita da Silva assina decreto na próxima quinta-feira.

Com ele, promete reduzir a burocracia e os custos para se abrir um negócio. A meta do sistema Rio Fácil é reduzir em até R$ 500 o valor necessário para a regularização de novos empresários, conceder isenção fiscal nos seis primeiros meses e agilizar os prazos, que cairão dos atuais três meses para apenas um. Também será criada ma agência de fomento, que ajudará a financiar os empreendedores.

A falta de crédito é obstáculo para a abertura de negócios em todo o Brasil. Estudo do pesquisador Marcelo Néri, do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas, mostra que apenas 1,4% das micro e pequenas empresas começam com um empréstimo bancário. As indenizações trabalhistas são os recursos mais utilizados para este fim. (pág. 1 e A12)

- O Brasil está numa situação delicada e chegou a ela conduzido pelo presidente Fernando Henrique Cardoso. Essa é a avaliação do deputado federal pelo PPB de São Paulo, Delfim Netto, com a experiência de quem está há quase meio século nos círculo do poder. "O Presidente é o culpado. O risco é do Fernando Henrique, não do Lula, Ciro ou Garotinho", afirma.

Para Delfim, as conseqüências da política econômica do atual governo são o baixo crescimento e a crise social.

O ex-ministro, no entanto, não considera o País fadado a avançar a passos de tartaruga, embora considere que o próximo presidente assumirá numa "saia justíssima". "Há um atalho para se chegar a um crescimento maior", diz.

O caminho passa por maior superávit primário - diferença entre o que o Governo arrecada com impostos e o que gasta, sem contar os pagamentos dos juros da dívida - e pelo aumento do comércio exterior. "Aí sairemos desse círculo vicioso", afirma (pág. 1 e A16)


Colunistas

COISAS DA POLÍTICA - Dora Kramer

Pioneiro na defesa da tese de que o Brasil necessita de nova conformação de forças políticas que aglutine a centro-esquerda mais arejada, deixando que a esquerda siga seu destino na companhia de seus valores já ultrapassados, o senador Roberto Freire, presidente do PPS, ou perdeu os sentidos da visão e audição, ou, depois de anos de ateísmo, converteu-se à fé.

Pois é à fé inabalável dos religiosos que parece se apegar quando, depois de muito lutar contra, recebeu o apoio do PFL a Ciro Gomes como quem ainda não entendeu bem o espírito da coisa.
"O PFL está entrando numa aliança que já tem um projeto construído e um rumo traçado", disse o artífice da transformação do velho PCB no atual PPS, no mesmo dia em que Jorge Bornhausen declarava apoio a Ciro e este explicitava o desejo de ter consigo todos os 27 diretórios pefelistas do País.

Antes de se completarem 24 horas da declaração de princípios de Roberto Freire, lá estava Ciro assegurando ao PFL que "as forças vitoriosas serão as forças de ocupação". (...) (pág. 2)
(Informe JB) - Nos corredores do STF se dá como certo que um dos três ministros que atingem a idade de aposentadoria compulsória em 2003 vai apressar a retirada e sair ainda este ano. Na lista estão Moreira Alves, Sydney Sanches e Ilmar Galvão. Seria um movimento estratégico. Com ele, Fernando Henrique terminaria o Governo tendo nomeado quatro ministros do STF. Sobrariam quatro indicações a serem feitas no mandato do próximo presidente.

  • O Ministério da Educação convocou representantes de 50 prefeituras de todo o País para descobrir como foram utilizados os recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Os municípios não prestaram contas da verba. (pág. 6)


    Editorial

    CASO EXEMPLAR

    A denúncia de cobrança de propina às empresas de ônibus de Santo André - na opinião de André Singer, porta-voz do candidato Luiz Inácio Lula da Silva - "é caso local". A seu ver, a repercussão não interfere na campanha do PT. Tanto melhor para abrandar a intransigência com o que partido mostra má vontade na apuração do episódio.

    O tempo perdido com evasivas e suspeitas não ajuda o PT a sair da berlinda, depois de manter-se na vanguarda das exigências éticas. Era o primeiro a pedir rigor à primeira suspeita. A atuação dos dirigentes e representantes do - PT, diante de quebra de padrões morais na administração pública, era veemente.

    A estranheza da opinião pública decorre da resistência interna do PT à apuração que as vezes mais destacadas tentaram cobrir de suspeita, como se administração sob responsabilidade do PT fosse imune à corrupção de administradores e burocratas. (...) (pág. 14)


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    07/14/2002


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