Conferência estuda saídas para violência e exclusão no Brasil



A 2ª Conferência Estadual de Direitos Humanos, com o tema “Por uma Cultura de Paz e Não Violência”, foi realizada no último final de semana, no auditório Dante Barone, da Assembléia Legislativa. No discurso de abertura, a deputada Maria do Rosário (PT), presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos, disse que há entre todos os continentes um fio de perversidade que os une. “A violência e a exclusão estão presentes no Brasil, na Europa, nos Estados Unidos, praticamente, em todo o mundo. Nós pretendemos com essa Conferência discutir propostas para modificar esse quadro”, declarou a deputada. O evento teve como palestrante o norte-americano James Cavallaro, advogado e cientista político, especialista em questões de Direitos Humanos. Cavallaro diz que é necessário diagnosticar os problemas das subculturas que aceitam a violência. “Na subcultura dos presídios, os encarcerados estipulam penas para castigar os recém-internos”, comentou. Outra subcultura mencionada por James Cavallaro, foi a de algumas corporações policiais que acreditam que podem matar, inclusive, suspeitos. “Esses grupos devem ser estudados para que esse culto à violência não esteja mais presente na sociedade”, afirmou o norte-americano. Segundo James Cavallaro, paz tem significados distintos para as diferentes camadas sociais. “Para o pobre da favela, paz é educação para os filhos, garantia de emprego; no entanto, para a classe média e para os ricos, paz é ver o pobre em seu lugar, bem distante de seus bairros nobres”, disse o norte-americano. Cavallaro concluiu a fala dizendo que só será possível construir a paz quando os interesses da sociedade não forem mais antagônicos, para isso, será preciso edificar a base da cidadania entre as pessoas. Participaram da mesa de abertura da Conferência, o governador Olívio Dutra, o prefeito de Porto Alegre, Raul Pont, a presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputada Mária do Rosário (PT), deputado estadual Germano Bonow (PFL),que representou a presidência da Casa, o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal, deputado Marcos Rolim, o representante do Ministério Público Federal Ricardo Luís Tate, o representante do Ministério Público Estadual Luís Inácio Vigio Neto, o representante do Movimento de Direitos Humanos Paulo César Carbonari. Estavam presentes também, o secretário do Trabalho e Ação Social, Tarcísio Zimmerman, a secretária da Educação, Lúcia Camini, o cônsul do Paraguai, Adolfo Raul Gimenez, a presidente da Febem, Ana Paula Costa, entre outros.

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