Congresso homenageia jubileu de João Paulo II
O jubileu de prata do pontificado do papa João Paulo II foi comemorado nesta quinta-feira (30) pelo Congresso Nacional em sessão solene que contou com participação do arcebispo primaz do Brasil e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Geraldo Majella Agnelo, do núncio apostólico dom Lorenzo Baldisseri, do arcebispo de Brasília, dom José Freire Falcão, do arcebispo do Rio de Janeiro, dom Eusébio Scheid, e do arcebispo de São Paulo, dom Cláudio Hummes.
Representando a Câmara dos Deputados, o deputado Osmânio Pereira (PTB-MG) lembrou uma história a respeito do Papa, -que para alguns parece lenda, e que para nós, católicos, é a pura verdade-. Segundo Osmânio, não houve dor na pequena cidade perto de Cracóvia no dia em que o menino Karol Wojtila nasceu.
- Era mês de Maria e a modesta casa ficava em frente à Igreja de Nossa Senhora, onde se entoavam cantos marianos. No momento do parto, a mãe pediu à parteira que abrisse a janela para que os primeiros sons que seu filho ouvisse fossem os daqueles hinos. E, de repente, o quarto se encheu de luz e música - contou.
Osmânio lembrou que no dia em que foi consagrado Papa, João Paulo II surpreendeu à multidão reunida na Praça do Vaticano falando de improviso.
- Nenhum outro Papa, antes dele, tinha falado sobre a eleição. Ousou mais ainda: confessou que tinha medo e que precisava da ajuda de todos para realizar sua missão - assinalou.
O senador Marco Maciel (PFL-PE) representou o Senado na solenidade e assinalou que -nada é coincidência, tudo é providência-. Marco Maciel lembrou que a vocação religiosa de Karol Wojtila foi revelada ainda na juventude e amadurecida como trabalhador.
- Exerce o sacerdócio numa igreja clandestina, posto que sua Polônia vive sob a ocupação do nazismo e depois sob o regime comunista - experiências jamais conhecidas por qualquer Papa. Atleta até a maturidade, João Paulo II é, a um só tempo, escritor e poeta, homem de pensamento e ação, doutrinador, esteta, poliglota, teólogo e, mais, portador do dom da graça: o carisma - afirmou.
Maciel disse ainda que o Papa é portador de ampla visão, capaz de interpretar os fatos e antecipar-se ao futuro, além de possuir uma singular percepção da política. Na opinião do senador, o Papa -parece singularmente encarnar três notáveis vultos da vida da Igreja. Em sua estuante personalidade, João Paulo é Pedro, é João, é Paulo-.
- Wojtila se define, antes de tudo, como Pedro: aquele a quem incumbe a missão de continuar a edificar a Igreja Mãe e Mestra, firmando sua primazia e autoridade de Sumo Pontífice. O Vigário de Cristo rege e administra, na colegialidade dos Bispos, a Igreja inteira e deseja exercita-lo até o último suspiro, conforme expressou por ocasião de seus 25 anos de Pontificado - disse o senador.
Ao final da sessão solene, dom Lorenzo Baldisseri expressou, em nome do Papa, a sua -profunda gratidão- ao presidente José Sarney e ao Congresso Nacional pela iniciativa de comemorar o jubileu de prata do pontificado de João Paulo II. O núncio apostólico lembrou as três viagens do Papa ao Brasil e garantiu que João Paulo II ama os brasileiros e o país. Ele disse ainda que a coragem do Papa tem -o vigor da fé e a força do amor até o fim-.
30/10/2003
Agência Senado
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