Congresso pode cortar na saúde e nas estatais para fechar orçamento



O Congresso deverá cortar em programas e projetos cerca de R$ 12,5 bilhões nas previsões de gastos do orçamento federal para este ano, informou à imprensa o deputado Gilmar Machado (PT-MG), vice-líder do governo no Congresso. Ele deu a informação depois de ter participado de encontro com líderes partidários para começar a discussão sobre cortes no orçamento, para adequá-lo ao fim da CPMF.

Machado disse que a área de saúde deverá perder "de três a quatro bilhões de reais", comparando-se com as promessas de verbas feitas pelo relator-geral do orçamento, deputado José Pimentel (PT-CE), antes da derrubada da CPMF.

- Esse dinheiro adicional para a saúde era apenas uma promessa do relator-geral. Agora, sem a CPMF, ele não é mais viável - afirmou.

Machado acrescentou ainda que "um dos caminhos a ser seguido" pela Comissão de Orçamento para equilibrar o orçamento com o fim da CPMF passará pela redução nos gastos programados pelas empresas estatais. Ele acredita que as estatais poderão gastar a menos "também uns quatro bilhões de reais".

- No final, o corte efetivo no orçamento em projetos e emendas ao orçamento ficará em cerca de 12,5 bilhões de reais, fora o dinheiro prometido para a saúde - disse.

O relator-geral do orçamento, deputado José Pimentel, não quis comentar as informações do vice-líder do governo, afirmando apenas que ainda está "estudando os números".



12/02/2008

Agência Senado


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