Conselheiro do Flamengo denuncia irregularidades à CPI do Futebol
O conselheiro, atualmente suspenso pela diretoria do clube, apresentou cópia de uma carta escrita pelo vice-presidente de futebol, Luiz Carlos El-Huaik "Cacau" Medeiros, em que ele relata detalhadamente sua viagem à Europa para a negociação de jogadores. Ferreira salientou o pagamento, efetuado por Cacau, em nome do Flamengo, de uma comissão de US$ 450 mil à empresa Lake Blue, na compra de Petkovic. A empresa é associada à ISL, que por sua vez é parceira do clube e responsável pelo repasse de recursos.
Dentre os documentos reunidos por Ferreira, que montou um dossiê com as supostas irregularidades cometidas pela atual diretoria, consta uma auditoria sobre as contas do clube. "O Flamengo está quebrado", afirmou o conselheiro, que apontou para a dívida de R$ 200 milhões, entre impostos, obrigações trabalhistas e pagamentos a terceiros. De acordo com ele, o clube vendeu 50% dos direitos sobre sua marca à ISL, na esperança de saldar suas dívidas. A ISL, porém, também estaria em dificuldades financeiras e estaria descumprindo o contrato com o Flamengo, ao deixar de realizar o trabalho de marketing para o qual foi contratada.
Apesar de evitar classificar de desonesta a gestão de Edmundo Santos Silva, o conselheiro o chamou de mentiroso, despreparado e incompetente, e o responsabilizou pelo crescimento exorbitante das dívidas do clube. Para o conselheiro, o Flamengo foi lesado em diversos negócios realizados pela atual gestão. Ferreira disse ainda ter sofrido pressões de outros dirigentes para que não comparecesse à CPI, e afirmou que a administração do Flamengo é "caótica, fisiológica e emocional".
15/03/2001
Agência Senado
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