Conselho de Ética analisa segunda representação contra Renan nesta quarta-feira
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar reúne-se na quarta-feira (26), às 17h, para analisar o parecer do senador João Pedro (PT-AM) sobre o segundo processo contra o presidente do Senado, Renan Calheiros, por quebra de decoro parlamentar, relativo a suposto favorecimento à cervejaria Schincariol. No último dia 18, João Pedro disse que iria propor o sobrestamento da matéria, diante de um consenso de que seria melhor esperar os resultados das investigações que a Câmara dos Deputados está fazendo sobre a mesma denúncia. Também na semana passada, o presidente do conselho, senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO), afirmou que deverá colocar em votação nesta quarta a proposta de unificação de todas as representações contra Renan em um único processo.
Segundo a assessoria de imprensa de Quintanilha, o senador pretende anunciar,na reunião desta quarta-feira, os nomes dos relatores da terceira e da quarta representação contra Renan Calheiros caso não seja aprovada a proposta de unificação dos processos em um único procedimento. O terceiro processo investiga se o presidente do Senado teria comprado, em parceria com o usineiro João Lyra, mas por meio de laranjas e sem declarar à Receita Federal, duas emissoras de rádio e um jornal em Alagoas. Já a quarta representação solicita investigação para apurar denúncias de que Renan e o lobista Luiz Garcia Coelho teriam montado um esquema de propinas para desviar recursos de ministérios comandados pelo PMDB.
Votação secreta
A segunda representação contra Renan, protocolada pelo PSOL com base em denúncias da revista Veja, pede que se investigue se o senador por Alagoas teria intercedido a favor da Schincariolpara quitar dívidas da cervejaria junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e à Receita Federal depois de a empresa ter pagado R$ 27 milhões por uma fábrica de refrigerantes de seu irmão, o deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL). Na matéria, a revista afirma que a fábrica estava prestes a fechar e não valia mais do que R$ 10 milhões.
Quintanilha já avisou aos membros do conselho que, se o relatório propuser perda de mandato, determinará o mesmo procedimento de votação secreta adotado no início da última reunião, quando o conselho decidiu sobre a primeira representação contra Renan, que apurava se o parlamentar tinha contas particulares pagas por um funcionário da construtora Mendes Júnior.
- Se o relatório propuser a perda de mandato, vou adotar sessão secreta para a votação. Mas assim como no primeiro caso, poderá haver recurso para que o voto seja aberto - afirmou o senador pelo Tocantins, em entrevista à imprensa na última semana.
24/09/2007
Agência Senado
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