Conselho de Ética ouve nesta terça funcionários do Prodasen e assessor de Arruda



Três funcionários do Centro de Informática e Processamento de Dados do Senado (Prodasen), um assessor do senador José Roberto Arruda (PSDB-DF) e um funcionário da empresa Panavídeo serão ouvidos nesta terça-feira (dia 24) pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar sobre o caso da violação do painel de votações secretas do Senado. Fora o empregado da Panavídeo, Sebastião Gazola, todos eles sabiam da violação do painel ou contribuíram para que ela ocorresse, conforme a ex-diretora do Prodasen Regina Célia Borges.

Os depoimentos foram confirmados pelo presidente do Conselho de Ética, senador Ramez Tebet (PMDB-MS). Os funcionários são Ivar Alves Ferreira, marido da ex-diretora do Prodasen, Heitor Ledur, que operava os computadores do painel, e Hermilo Gomes da Nóbrega, também do Prodasen e responsável pelos computadores. O quarto depoimento é de Domingos Lamoglia Dias, assessor de José Roberto Arruda e que teria recebido da ex-diretora Regina Célia a lista com os votos dados na sessão secreta que cassou o mandato do senador Luiz Estevão, em 28 de junho do ano passado.

Os depoimentos serão tomados em sessão aberta, podendo ser transmitidos por emissoras de rádio e de televisão. O Conselho de Ética foi acionado para apurar se o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) feriu o decoro parlamentar em conversa com três procuradores da República, no início de fevereiro. Conforme a revista IstoÉ, Antonio Carlos teria afirmado no encontro possuir a lista com os votos da sessão secreta que cassou Luiz Estevão. A existência da lista foi confirmada pela ex-diretora Regina Célia Borges e pelo senador José Roberto Arruda, em pronunciamento feito nesta segunda-feira (dia 23).

23/04/2001

Agência Senado


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