Depoimento de ex-diretora do Prodasen é confirmado por assessor de Arruda
Segundo o corregedor, Domingos Lamoglia afirmou que desconhecia o conteúdo do envelope recebido da ex-diretora e só ficou sabendo do que se tratava quando o assunto "lista de votações" começou a sair nos jornais e revistas. Questionado pelo corregedor se realmente havia tranqüilizado Regina Célia, mesmo sem conhecer o conteúdo do envelope, o assessor confirmou e disse que o fez porque ela estava muito nervosa.
Interrogado sobre por que assinou nota à imprensa, na semana passada, sustentando que nunca havia recebido envelope algum da ex-diretora, o assessor disse que procedeu assim "em lealdade" ao senador José Roberto Arruda, ainda conforme o relato à imprensa feito pelo corregedor do Senado.
Lamoglia é um dos que deverão depor nesta terça-feira (dia 24) no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.
Romeu Tuma ouviu também nesta segunda-feira (dia 23) o depoimento de Nilson Rebelo, ex-assessor do ex-senador Luiz Estevão. Ele confirmou que soube, por jornalistas, na véspera da sessão que cassou o mandato de Luiz Estevão, da possibilidade de fraude no painel de votações. Disse ter levado o assunto ao então senador, que fez a seguir um pedido ao líder do PMDB no Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), para que a votação fosse realizada em cédulas, e não nos computadores que abastecem o painel. O pedido foi recusado e Nilson Rebelo, ainda conforme o corregedor, nunca mais tratou do assunto.
23/04/2001
Agência Senado
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