Conselho de Ética reúne-se nesta quarta-feira



O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar reúne-se nesta quarta-feira (23), a partir das 10h, para discutir as denúncias contra os senadores Ney Suassuna (PMDB-PB), Magno Malta (PL-ES) e Serys Slhessarenko (PT-MT). Eles tiveram seus nomes incluídos no relatório preliminar da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Sanguessugas por haver indícios ou provas de terem participado da chamada máfia das ambulâncias.

Segundo o presidente do Conselho de Ética, senador João Alberto Souza (PMDB-MA), a reunião está convocada para que sejam anunciadas, formalmente, a denúncia contra os senadores, a designação dos relatores para cada caso e a definição do roteiro de trabalho para os próximos 30 dias.

Na manhã desta terça-feira (22), João Alberto anunciou os nomes dos senadores Demóstenes Torres (PFL-GO), Jefferson Péres (PDT-AM) e Sibá Machado (PT-AC) para as relatorias das denúncias. O presidente do Conselho disse que até o dia 26 de setembro pretende votar, no colegiado, os respectivos relatórios, com pedido de arquivamento ou abertura de processo indicando a perda de mandato de Serys, Suassuna e Magno Malta.

- Amanhã [quarta] espero que os três relatores apresentem seus planos de trabalho e, a partir daí, o Conselho dependerá muito das providências adotadas por eles [relatores] para aprofundar as investigações - explicou João Alberto, em entrevista exclusiva à Agência Senado.

O presidente disse que o relatório da CPI Mista vai servir como base para os trabalhos do Conselho, mas que será preciso aprofundar as investigações para se chegar a uma conclusão sobre a inocência ou culpa dos senadores acusados de participarem do esquema do esquema de fraudes.

- O depoimento do Vedoin foi importante, mas é preciso lembrar que ele é um bandido e isso precisa ser levando em conta - ressaltou João Alberto, para justificar a necessidade de aprofundamento das investigações pelo Conselho de Ética.

Luiz Antônio Trevisan Vedoin e seu pai, Darci José Vedoin, são donos da Planam, apontada como a principal organizadora do esquema de fraudes. A empresa era a responsável pela comercialização das ambulâncias superfaturadas por meio de um prévio acerto com prefeitos relacionado à licitação fraudulenta.

Os relatores têm cinco dias úteis para apresentar os respectivos planos de trabalho, mas João Alberto adiantou que vai solicitar urgência aos senadores.

- Espero que o Conselho de Ética vote os pareceres [dos relatores] até o dia 26 de setembro para que o plenário possa também apreciá-los antes das eleições - afirmou João Alberto.

22/08/2006

Agência Senado


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