Conselho de Ética vai ouvir Francisco Gros
Integrantes da comissão especial do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar que investiga as denúncias contra Jader - o terceiro componente é o senador João Alberto (PMDB-MA), que não participou da reunião realizada na tarde desta terça-feira (dia 14) - Romeu Tuma e Jefferson Péres decidiram ouvir também o ex-procurador do BC, José Coelho Ferreira. Ele foi o autor do parecer isentando Jader de responsabilidade no caso.
Indicado para ocupar uma vaga de ministro do Superior Tribunal Militar (STM), Coelho deverá ser sabatinado nesta quarta-feira (dia 15) na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado. O senador José Eduardo Dutra (PT-SE), no entanto, deverá apresentar requerimento pedindo o adiamento da sabatina.
O senador oposicionista argumenta que o parecer de Coelho está em oposição à nota técnica divulgada pela 5ª Câmara do Patrimônio Público.
- Se ele está errado, não pode ser promovido para o STM porque foi no mínimo incompetente naquele episódio. Sem querer fazer juízo de valor, acho que o Senado tem de ter cautela, continuar as investigações e adiar a sabatina - justificou.
Romeu Tuma e Jefferson Péres informaram também que o conselho terá acesso às declarações de renda de Jader dos últimos sete anos, entregues pelo senador à Secretaria Geral da Mesa. A Advocacia Geral do Senado deu parecer favorável à entrega dos documentos pela Mesa da Casa. Os papéis serão remetidos ao presidente do Conselho de Ética, senador Geraldo Althoff (PFL-SC), e examinados pelos integrantes da comissão especial.
Aproveitando a presença do presidente do Banco Central, Armínio Fraga, no Senado, Romeu Tuma e Jefferson Péres solicitaram a ele mais rapidez no envio da documentação referente às movimentações bancárias de Jáder Barbalho no período em que foram constatadas as irregularidades no Banpará. O presidente do BC comprometeu-se a enviar o material em 48 horas.
Com o envio dos documentos do Banco Central, Jéfferson Peres espera concluir as investigações da comissão especial dentro de duas semanas, caso não haja necessidade de se proceder a novas diligências.
Jéfferson Péres disse estar tranqüilo em relação à notícia, veiculada pelo Jornal do Brasil , de que ele teria sido processado judicialmente por apropriação indevida de impostos, quando dirigia a Companhia Siderúrgica da Amazônia, na década de 70. O parlamentar afirmou que sua vida "é imaculada".
14/08/2001
Agência Senado
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