Contador nega trabalhar no Vasco e é desmentido por documentos apresentados por Althoff



Em depoimento à CPI do Futebol, o contador Vanderlei Guilherme Doring declarou que trabalhou como contador do Vasco da Gama de 1971 a 1982 e, a partir de então, nunca mais assinou nenhum balanço ou documento do clube. Porém, o relator da CPI, senador Geraldo Althoff (PFL-SC), mostrou atas do Vasco da Gama de 1999 em que consta a participação de Doring em reuniões do Conselho Fiscal do clube, desementindo seu afastamento do clube.

Althoff apresentou ainda documentos que atestam mudança no valor patrimonial do clube assinadas por Vanderlei Guilherme Doring, como contador-geral do clube, além de vários outros papéis e atas que desmentem o depoente. Diante da gravidade das revelações, o relator pediu que a reunião da CPI fosse transformada em sessão secreta, sugestão aceita pelo presidente da CPI, senador Álvaro Dias (PSDB-PR).

Ao tentar se defender, Doring disse que assinou os documentos "informalmente", e que as declarações de renda e os balanços oficiais do clube, são de responsabilidade do atual contador-geral.

Se essa versão for verdadeira, disse o senador Maguito Vilela (PMDB-GO), a situação é ainda mais grave, pois configura exercício ilegal da profissão. "Não existe meio contador, ou contador informal, legalmente isso é um absurdo", disse Maguito. Foi constatado também que Vanderlei Doring também não tem mais registro no Conselho Regional de Contabilidade, o que aumenta a ilegalidade da situação.

20/03/2001

Agência Senado


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