Controle de pragas impulsiona o País no mercado internacional de frutas



Um empreendimento ligado ao governo, a Biofábrica Moscamed, localizada em Juazeiro (BA), no Vale do São Francisco, está conseguindo controlar a praga mais ofensiva da fruticultura nacional, a mosca-das-frutas (ou mosca do mediterrâneo). O Brasil é um dos três maiores produtores de frutas no mundo, com uma produção de aproximadamente 40 milhões de toneladas anuais e uma área plantada em torno de 2,5 milhões de hectares.

Trata-se de um dos mais ativos segmentos da economia nacional, liderando as estatísticas de geração de emprego e de números de estabelecimentos industriais. A dinâmica desse setor exige a busca por soluções no controle de pragas. No caso, o inseto ataca grande variedade de frutas tropicais, subtropicais e temperadas, a exemplo da manga, uva e goiaba, causando prejuízo entre R$ 150 e R$ 200 milhões anuais.

A Biofábrica Moscamed Brasil (BMB) vem conseguindo fazer o controle dessa praga praga por meio da produção de machos estéreis para controle biológico da população de insetos. O projeto tem a colaboração do Ministério da Agricultura (Mapa) e também conta com aporte financeiro do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), por meio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCT), do Ministério da Integração Nacional (MIN) e do governo da Bahia, por meio das secretarias da Agricultura e da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Além disso, a organização tem estabelecido parcerias estratégicas com instituições nacionais e internacionais, a exemplo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda), entre outras.

Controle na reprodução

A mosca-das-frutas ataca grande variedade de frutas tropicais, subtropicais e temperadas, a exemplo da manga, uva e goiaba, causando prejuízo entre R$ 150 e R$ 200 milhões anuais. Para impedir o crescimento da população de insetos, a instituição tem como alternativa a produção de machos estéreis do inseto, que transferem espermatozóides infecundos para a fêmea, bloqueando a reprodução.

De acordo com o diretor executivo da Moscamed, Jair Virgínio, essa ação em estados como Ceará, Pernambuco, Espírito Santo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul tem sido essencial para garantir e ampliar o acesso ao mercado internacional, cada vez mais exigente quanto à qualidade dos produtos adquiridos.

“Temos buscado a excelência do trabalho, que também vem se expandindo para diferentes atuações nas áreas da sanidade animal e vegetal. Além da mosca do mediterrâneo, ainda há uma atuação sobre a lagarta da macieira (Cydia pomonella), que ataca as rosáceas, como maçã, pêra e ameixa, principalmente em plantações da região Sul”, destaca Virgínio.

 

Fonte:
Ministério da Ciência e Tecnologia



27/04/2010 11:23


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