Corpo de Bombeiros do Distrito Federal faz 154 anos e é homenageado



O Corpo de Bombeiros militar do Distrito Federal foi homenageado pelo Senado nesta segunda (28) em sessão especial realizada em Plenário. A corporação foi criada em 1856 pelo imperador Dom Pedro II e vai completar 154 anos de criação no início de julho. Ao abrir a cerimônia, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) declarou que "os bombeiros representam uma das instituições mais respeitadas do país".

- Essa corporação está sempre disponível, sempre atuante, oferecendo pessoas dispostas a sacrificar a própria vida em benefício de outros seres humanos - afirmou.

Cristovam ressaltou que as pesquisas de opinião apontam o corpo de bombeiros como a instituição de maior credibilidade perante a sociedade, "devido a sua disponibilidade, coragem, prontidão e imensos serviços prestados à sociedade".

O senador recordou ainda que a atuação dos bombeiros após o atentado ao World Trade Center, ocorrido nos Estados Unidos em 11 de setembro de 2001, é um dos exemplos da coragem desses profissionais. Na ocasião, vários bombeiros morreram após entrarem nos edifícios do World Trade Center para tentar salvar as pessoas que estavam no local.

- Naqueles bombeiros que subiam as escadas quando outros desciam estava a imagem de qualquer bombeiro do mundo inteiro - disse.

Além de celebrar o aniversário do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, Cristovam também homenageou "aqueles que, nesses 154 anos, deram a vida no exercício de suas funções". Ele homenageou ainda, entre outros, "as crianças que nasceram nas mãos e nos braços de bombeiros nesses anos".

- Em algum lugar, neste momento, há homens e mulheres que, esquecendo de si, estão prontos para tomar as medidas necessárias para nos salvar de situações perigosas - reiterou.

Entre os presentes na cerimônia estava o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, Antônio Gilberto Porto.

História

O Corpo de Bombeiros foi criado em 2 de julho de 1856, pelo Imperador Dom Pedro II em julho de 1856, a partir da sugestão do inspetor do Arsenal de Marinha das Cortes, Joaquim José Inácio. Com isso, reuniriam-se, sob uma só administração, várias seções que até então existiam para o Serviço de Extinção de Incêndios nos Arsenais de Marinha de Guerra, Repartição de Obras Públicas e Casa de Correção.

O Corpo de Bombeiros, que até então era provisório, tornou-se permanente em 1860. A partir desse período até 1881, a instituição adquiriu instrumentos para seu funcionamento e aperfeiçoamento e passou a ter efetivo de 300 homens.

Em 1894, já na República, o Corpo de Bombeiros teve sua primeira enfermaria. Nos anos posteriores, melhorou suas instalações, inaugurou uma farmácia em suas dependências e passou a fornecer aos bombeiros tratamento médico nos quartéis, obtendo ainda a primeira ambulância, em 1899. De acordo com informações do Corpo de Bombeiros Militar do DF, uma das maiores façanhas registradas na história da instituição ocorreu em 1925, quando foi extinto um grande incêndio na Ilha do Caju (RJ).

Em 1935, a corporação combateu incêndios no antigo Terceiro Regimento de Infantaria, na Praia Vermelha (RJ) e patrulhou ruas da cidade. Em 1942, com a entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial, a corporação colaborou com as Forças Armadas e treinou turmas especiais de bombeiros civis e voluntários em cursos especializados de defesa passiva.

Em abril de 1954, o então presidente Getúlio Vargas assinou decreto instituindo o Dia do Bombeiro Brasileiro, celebrado até hoje em 2 de julho, e a Semana de Prevenção Contra Incêndios. Com a mudança da capital do Rio de Janeiro para Brasília, foi disposta a organização da corporação no DF, em 1960. Nesse mesmo ano, ocorreu, no dia 14 de setembro, um grande incêndio na chamada Cidade Livre, atual Núcleo Bandeirante - cidade satélite de Brasília - que destruiu 25 casas comerciais.

Em 1966, a corporação passou a ter um efetivo de 1.238 homens. Nos anos que se seguiram, inaugurou novos postos e instalações no DF. Na década de 80, foi criada a Academia de Bombeiro Militar, a partir da realização de convênio da corporação com um projeto de cooperação com o Japão. As instalações se estenderam a outras cidades satélites e os bombeiros receberam treinamento de técnicas de busca e salvamento e combate a incêndio de uma missão japonesa. Além da corporação brasileira, também foram treinados com essa técnica bombeiros da Argentina, Bolívia, Paraguai, Chile, Peru, Equador, Venezuela e Colômbia.

Em maio deste ano, o corpo de Bombeiros do DF passou a trabalhar de forma integrada com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Com isso, os moradores do DF que precisarem acionar o socorro do SAMU (192) ou do Corpo de Bombeiros (193) contam com os dois serviços, dependendo da situação, que será avaliada por esses profissionais.

O trabalho integrado tem por objetivo evitar o deslocamento desnecessário de viaturas e equipes e a duplicidade no envio dos profissionais das duas corporações. As chamadas relacionadas ao atendimento específico do Corpo de Bombeiros continuarão a ser atendidas por essa instituição.

Koiti Koshimizu e Helena Daltro Pontual / Agência Senado

28/06/2010

Agência Senado


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