Corregedor ouve Cláudio Gontijo nesta terça-feira
O corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), agendou para as 16h desta terça-feira (5) o depoimento do funcionário da construtora Mendes Júnior Claúdio Gontijo. O funcionário, de acordo com reportagem publicada pela revista Veja, repassaria recursos à jornalista Mônica Veloso, com quem o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), tem uma filha, como pagamento de pensão alimentícia e aluguel.
O senador Romeu Tuma pretende levar informações mais consistentes sobre o caso para a reunião do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar que deverá ocorrer nesta quarta-feira (6), com a finalidade de analisar a representação do PSOL solicitando que o colegiado investigue "a ligação de Renan com a construtora Gautama e com a empreiteira Mendes Júnior".
A assessoria do corregedor confirmou que ele mantém a intenção de ouvir também a versão da jornalista Mônica Veloso. No entanto, seu depoimento ainda não tem data para ocorrer. A oitiva de Cláudio Gontijo ocorrerá no gabinete de Tuma.
Defesa
Na reunião do Conselho de Ética da próxima quarta, o presidente do órgão, senador Sibá Machado (PT-AC), eleito na última semana, deve pronunciar-se também com relação à defesa apresentada por Renan Calheiros. O presidente do Senado afirmou, em pronunciamento no Plenário no dia 28 de maio, que todos os pagamentos efetuados por ele à jornalista foram feitos com recursos próprios e estão devidamente comprovados em extratos bancários e declarações de Imposto de Renda.
As cópias de todos os documentos aos quais Renan se referiu foram entregues ao corregedor por Eduardo Ferrão, advogado do presidente do Senado, pouco depois do término da reunião do Conselho de Ética. Ferrão afirmou que todos os comprovantes de depósitos, fontes de recursos e também dos saques em dinheiro efetuados na conta de Renan Calheiros, entre 2004 a 2006, estavam no envelope lacrado entregue a Romeu Tuma.
Na primeira reunião do Conselho de Ética da atual legislatura, Sibá evitou antecipar-se sobre a possibilidade de abertura de processo investigatório contra Renan por quebra de decoro parlamentar, mas adiantou que o posicionamento do Conselho será pautado na "seriedade e nos fatos' e com base em votação de todos os membros do colegiado. Sibá disse também que, caso o Conselho decida pela abertura de processo de investigação, deverá indicar o relator da matéria na reunião desta quarta-feira.04/06/2007
Agência Senado
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