Covas recebe ministro da Justiça, José Gregori
União deve construir presídio Federal em São Paulo como parte do Plano Nacional de Combate à Violência
O governador Mário Covas recebeu nesta segunda-feira, dia 26, o ministro da Justiça, José Gregori, que apresentou formalmente o Plano Nacional de Combate à Violência, lançado na última semana, em Brasília. Covas elogiou o plano dizendo que pela primeira vez as causas da violência são colocadas de maneira mais abrangente. “Eu acho o plano positivo do ponto de vista da sua abrangência. Pela primeira vez uma instituição olha o problema globalmente e entende que a violência não é o resultado apenas da eficiência ou não da Polícia, e que ela envolve vários aspectos diferentes. Se a gente quiser vencê-la o ideal é que se possa combater todos esses aspectos”, disse Covas. O governador citou como exemplos programas de interesse social, como áreas de lazer na periferia, iluminação pública e o combate às drogas, como o crack e o álcool. O ministro destacou o programa de construção de penitenciárias executado pelo Governo do Estado de São Paulo, no qual o Governo Federal empregou recursos em nove das 22 unidades construídas na gestão Covas e anunciou que a União deve construir um presídio Federal no Estado, desde que o Governo paulista ceda o terreno. Cada Estado vai receber recursos de acordo com a sua disposição em agir contra a violência e mediante a apresentação de projetos específicos. O ministro negou que a liberação de recursos estivesse vinculada à diminuição em 10% dos índices de violência por parte dos governos estaduais e que isso tinha sido um mal-entendido veiculado pela imprensa. O fato causou, inclusive, uma declaração de Covas a respeito, de que se os termos do plano fossem esses, o Governo Federal teria de diminuir em 10% o nível de desemprego. Neste ano, os recursos do Plano Nacional de Combate à Violência são da ordem de R$ 320 milhões, mas, segundo Gregori, ainda não existe nenhum tipo de divisão da fatia de cada Estado. “São Paulo já vem desenvolvendo um excelente trabalho de combate à violência e a parceria com o Governo Federal deve aumentar”, disse o ministro. Ele informou que haverá um trabalho conjunto entre a Polícia Federal e as polícias Civil e Militar do Estado e que a política de segurança de Covas tem muito a ver com o Plano Federal. Quanto à liberação de recursos, Covas disse que seria ilusório pensar que o Brasil pode olhar só para São Paulo. “Não acho que se deva receber dinheiro do Governo Federal e fazer o que quiser com ele. Eu aceito perfeitamente assinar um convênio pelo qual eu receba uma importância para fazer ‘isso’ contra a violência”, observou. O governador acrescentou que se for dividido o investimento global feito em Segurança em São Paulo por habitante, “eu corto o meu pescoço se algum Estado fez a metade do que nós fizemos, aliás, qualquer Gove06/26/2000
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