Covatti cobra posição do Governo sobre o episódio Monsanto
O líder da bancada do PPB, deputado Vilson Covatti, estranha que o governo estadual ainda não tenha se manifestado publicamente contrário à invasão da empresa Monsanto por integrantes do MST e pelo ativista francês José Bové, sexta-feira passada, no município de Não-Me-Toque. Segundo o deputado, a indiferença ao caso comprova a total falta de vontade do Executivo em coibir atitudes inconseqüentes e radicais como esta, que se utilizam da visibilidade do Fórum Social Mundial para manchar a imagem do Estado.
"Não é possível que um ato de tamanho vandalismo não seja repreendido imediatamente", disse. A indignação do deputado com a complacência governista ficou ainda maior após o anúncio, ontem (28), de um acordo informal entre o Piratini e o líder francês, para troca de informações sobre produtos transgênicos. "Isso é um absurdo. Além de não repreender, o Estado ainda se alia a esse tipo de manifestação", ressaltou.
O líder pepebista lembrou não ser a primeira vez que isso acontece. Covatti citou o fatídico episódio envolvendo o relógio comemorativo aos 500 anos do descobrimento do Brasil, em que jovens manifestantes atearam fogo contra o monumento. À época, o secretário de segurança do Estado, José Paulo Bisol, dera ordem para que a polícia não interrompesse o ato. "Falta ética a esse governo, e não é de hoje", afirmou.
Sobre o Fórum, Covatti disse que, ao invés de passar uma imagem positiva do Estado, o evento está promovendo um Rio Grande do Sul de costas para as conquistas da ciência e da tecnologia, e voltado ao primitivismo de idéias. "Em vez de se preocupar com alternativas concretas para o combate da extrema desigualdade, o Fórum se alia a uma teoria falida, símbolo do atraso. Esta visão é maléfica ao Estado e aos gaúchos", concluiu.
01/29/2001
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