Covatti: donos de lotéricas não podem assumir papel do Estado na Segurança
O líder da bancada do PPB, deputado Vilson Covatti, afirmou hoje (08), que o PT no Governo, além de não oferecer segurança digna ao cidadão gaúcho, agora quer repassar o ônus de parte do setor à iniciativa privada, impor aos lotéricos a instalação de "mecanismos de segurança" nas lojas, fugindo das suas obrigações constitucionais.
A constatação do progressista foi feita tendo como base o teor do projeto de lei 192, protocolado pelo deputado José Gomes (PT), que tenta transferir a responsabilidade pela segurança aos proprietários de agências lotéricas de todo o Rio Grande do Sul. Para Covatti, a proposta traz, na sua plenitude, a implantação de modelo privativista na segurança, mostrando mais uma vez, a incoerência política que a atual administração está querendo, de maneira infrutífera, instalar no Estado.
Covatti destacou que mesmo tendo o governo do PT recebido da União recursos do Plano Nacional de Segurança Pública, a quem combate com excessiva ferocidade, busca nova saída para não cumprir as tarefas que a Constituição lhe determina, principalmente no setor da segurança. O líder progressista apontou que na justificativa do projeto, o petista ressalta que o público que ocupa os serviços de pagamento de contas nas lotéricas "é o pequeno assalariado que não possui renda para manter conta-corrente bancária. É aquele cidadão que paga as contas em dinheiro".
Covatti afirmou que "esse pequeno assalariado defendido de maneira esperta pelo PT, no papel, é o mesmo que está sendo novamente abandonado pelo Governo Olívio, que agora renova a política de lavar as mãos, negando-se a garantir a sua segurança", frisou.
08/08/2001
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