CPI APRESENTA ÚLTIMOS RELATÓRIOS E CONCLUSÕES FINAIS NESTA QUINTA



Com prazo previsto para encerrar seus trabalhos no dia 30 de novembro, a Comissão Parlamentar de Inquérito que apura denúncias de irregularidades no Poder Judiciário, criada por proposta do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), está em sua fase final. Faltam apenas dois relatórios, que serão apresentados nesta quinta-feira (dia 25), dos nove casos investigados pela CPI. Apesar de só ter entrado na pauta da comissão em 29 de setembro, as investigações sobre denúncias feitas pelo juiz Leopoldino Marques do Amaral, assassinado no início de setembro, contra membros do Tribunal de Justiça de Mato Grosso envolveram uma viagem a Cuiabá e várias reuniões, onde foram ouvidas 12 pessoas. Este é um dos casos cujas conclusões ainda não foram aprovadas.
Além das investigações envolvendo integrantes do TJMT, Paulo Souto também apresentará nesta quinta o relatório referente à maior falência da história do Brasil, a da construtora Encol, cujo processo foi conduzido pelo juiz Avenir Passo de Oliveira, da Vara de Falências e Concordatas de Goiânia. Durante as investigações, iniciadas no dia 4 de agosto, foram ouvidos depoimentos de quatro advogados de Goiás, que denunciaram uma série de irregularidades envolvendo o magistrado. O juiz, ouvido posteriormente, rebateu as acusações e autorizou a CPI a examinar suas contas bancárias e declarações de bens e rendimentos.
Veja, a seguir as conclusões sobre cada um dos casos apresentadas pelo relator, senador Paulo Souto (PFL-BA) e aprovadas pelos demais senadores integrantes da CPI do Judiciário, que é presidida pelo senador Ramez Tebet (PMDB-MS).
TRT-SP - O relatório da CPI concluiu que o juiz aposentado Nicolau dos Santos Netto, ex-presidente do TRT-SP, praticou atos que indicam improbidade administrativa, enriquecimento ilícito e desvio de dinheiro público em proveito próprio e alheio, durante o período em que foi responsável pela construção do edifício-sede das juntas de Conciliação e Julgamento do tribunal. Ficou constatado que houve irregularidade e superfaturamento na licitação e execução da obra. Os representantes da Incal/Ikal (que ganhou a concorrência para a construção do prédio) Fábio Monteiro de Barros e José Eduardo Ferraz, o procurador da International Real Estate, Pedro Rodovalho, além do juiz Nicolau, são relacionados por terem se associado para se apropriar de recursos públicos e praticar lavagem desse dinheiro. O juiz Délvio Buffulin, segundo o relatório aprovado por unanimidade, também facilitou e concorreu para a incorporação ilícita de verbas públicas ao patrimônio do Grupo Monteiro de Barros. Principal acionista do Grupo OK, o senador Luiz Estevão (PMDB-DF) foi citado porque suas empresas receberam depósitos provenientes do Grupo Monteiro de Barros.
Nominatto - O relatório da CPI sobre o caso do menor Luiz Gustavo Nominatto, que teve sua herança dilapidada durante o processo de inventário na Vara de Órfãos e Sucessões do Distrito Federal, apontou a existência de indícios de que o juiz na época responsável pela Vara, Asdrubal Zola Vasques Cruxên, e a promotora Zenaide Souto Martins, teriam contribuído para a dilapidação do patrimônio do herdeiro do Consórcio Itapemirim. De acordo com o documento, aprovado por unanimidade, Cruxên pode ter cometido os crimes de prevaricação (por ter conduzido o inventário de forma demorada e propiciado a dilapidação do patrimônio do espólio pelos responsáveis judiciais de sua guarda), exercício arbitrário ou abuso de poder (quando teria impedido que a mãe do menor contratasse o advogado Joaquim Thomás Lopes) e também infringido, junto com a promotora Zenaide Martins, dispositivos da Lei de Improbidade Administrativa. O relator Paulo Souto concluiu também que os administradores e advogados do espólio teriam se associado para se apropriar da herança (formação de quadrilha ou bando) de Luiz Gustavo.
TRT-PB - As investigações da CPI sobre as denúncias de ilegalidades no âmbito do TRT-PB comprovaram a prática de nepotismo, admissão irregular de pessoal, aquisição superfaturada de imóveis, pagamento ilegal de diárias aos servidores e magistrados, turismo internacional às custas do contribuinte e nomeação irregular de juízes classistas. Esta foi a conclusão do relatório apresentado por Paulo Souto e aprovado por unanimidade pelos demais membros da comissão. O documento recomenda ao Ministério Público a instauração de procedimento criminal contra o juiz Aluizio Rodrigues, para apurar prática de crime de falso testemunho por ele ter declarado à CPI que desconhecia o pagamento de despesas hospitalares em seu favor pelo TRT, quando ele próprio havia autorizado o pagamento, na qualidade de presidente. Também foi recomendada investigação mais detalhada para apurar se o juiz Severino Marcondes Meira e seu filho Severino Marcondes Meira Filho teriam recebido dinheiro proveniente da aquisição de um imóvel pelo TRT-PB.
Basa - A juíza Yvette Lúcia Pinheiro pode ter cometido negligência ao proferir a

24/11/1999

Agência Senado


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