CPI cria sub-relatoria para investigar Executivo
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Sanguessugas criou uma nova sub-relatoria, com o objetivo de investigar a participação do Poder Executivo no uso irregular de recursos do Orçamento da União para a compra de equipamentos com preços superfaturados destinados a municípios. O relator da CPI Mista, senador Amir Lando (PMDB-RO), indicou nesta segunda-feira (31) os nomes dos parlamentares para compor a sub-relatoria. São eles o senador Flávio Arns (PT-PR) e os deputados Gastão Vieira (PMDB-MA) e Júlio César Redecker (PSDB-RS).
- Temos que investigar o Executivo. Por isso, estou propondo essa nova sub-relatoria para investigar os ministérios da Saúde, da Ciência e Tecnologia e da Educação - afirmou Amir Lando.
Atualmente, a CPI tem quatro sub-relatorias: de Investigação do Esquema de Fraudes na Aquisição de Unidades Móveis de Saúde, de Processo Orçamentário, de Investigação de Parlamentares e de Sistematização.
Depoimento
O relator também confirmou para esta terça-feira (1) o depoimento do empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin, sócio-proprietário da Planam, empresa apontada como organizadora da "máfia das ambulâncias". O depoimento, que acontecerá na sede da Polícia Federal, em Brasília, será em caráter reservado e ajudará os membros da CPI a esclarecer algumas dúvidas em relação a um outro depoimento prestado pelo empresário durante nove dias à Polícia Federal de Cuiabá, onde esteve preso.
Em entrevista à imprensa na manhã desta segunda-feira, Lando defendeu que os trabalhos da CPI Mista não se encerrem com a apresentação do relatório previsto para ser divulgado entre os dias 9 e 16 de agosto. Na opinião do senador, os trabalhos têm que continuar para que seja avaliada a responsabilidade do Poder Executivo no esquema de fraudes. Questionado sobre se essa segunda fase se iniciaria logo após a divulgação do relatório da primeira fase, que investiga os parlamentares envolvidos, ou se aguardaria o fim das eleições, em outubro, o senador declarou que as investigações não devem parar.
- No meu entender, os trabalhos continuam permanentemente. Nós temos que analisar é a assiduidade das reuniões - afirmou o relator.
31/07/2006
Agência Senado
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