CPI da Espionagem ouve representantes de empresas de telefonia móvel



A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Espionagem promove audiência pública na terça-feira (5), às 14h, para ouvir representantes das maiores empresas de telefonia móvel que operam no Brasil: Claro, TIM, Oi e Vivo.

Vão participar da audiência o diretor de Operação e Manutenção de Redes da Vivo, Ari Sergio Perri Falarini; o diretor de Segurança de Informação da TIM, Nelson de Sá; o diretor de Redes e Engenharia da Claro, Ivan Campagnolli; e o diretor de Relações Institucionais da Oi, Marcos Augusto Mesquita Coelho.

A audiência foi solicitada pelo relator da comissão, senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES). Ele lembra que o jornalista norte-americano Glenn Greenwald já prestou dois depoimentos no Senado: o primeiro depoimento foi na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) e o segundo encontro se deu em audiência na própria CPI.

Ferraço explica que, em ambas as ocasiões, Greenwald disse ser possível que as empresas de telefonia que operam no Brasil tenham acordos de fornecimento de informações para telefônicas estrangeiras, principalmente dos Estados Unidos. Essas informações e dados de clientes brasileiros poderiam, assim, acabar nas mãos da agência de segurança nacional dos Estados Unidos (NSA na sigla em inglês), que vem sendo acusada de promover espionagem em diversos países, inclusive o Brasil.

Greenwald é colunista do jornal britânico The Guardian. Ele é o responsável por publicar as revelações do ex-técnico da NSA Edward Snowden sobre os programas secretos norte-americanos de interceptação de dados eletrônicos e telefônicos em todo o mundo. O jornal O Globo, a revista Época e também o programa Fantástico publicaram reportagens com base nas revelações de Greenwald sobre espionagem dos EUA contra a presidente Dilma Rousseff e assessores próximos e na Petrobras. Também foram divulgadas informações sobre espionagem do Canadá no Ministério de Minas e Energia. Greenwald também revelou que a espionagem norte-americana atingiu cidadãos, empresas e autoridades do México, Alemanha, Espanha e França.



01/11/2013

Agência Senado


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