CPI da mortalidade materna ouve depoimentos sobre a morte de Vãnia e Sandra



A CPI da Mortalidade Materna da Câmara Federal, instalada ontem (05/04) na Assembléia Legislativa gaúcha, colheu depoimentos dos familiares da feminista e dirigente da Coordenadoria Estadual da Mulher, Vânia Araújo Machado. Ela e seu filho Cauê morreram no Hospital Mãe de Deus poucos dias após o parto, em outubro do ano passado. Vânia sofreu oito intervenções cirúrgicas e contraiu infeção hospitalar na UTI. O atestado de óbito acusou morte por síndrome de help (hemorragia incontida) e varicela. Conforme Marcelo Branco, companheiro de Vânia por 12 anos, o relatório da sindicância é contraditório e impreciso. Fernando Moreira, viúvo de Sandra Noronha que morreu devido a complicações causadas por uma anemia falsiforme em maio de 2000, no Hospital Ernesto Dorneles relatou os detalhes da enfermidade de sua mulher. A promoção teve o apoio da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembléia Legislativa. O presidente da CCDH/AL, deputado padre Roque Grazziotin (PT) considera grave este tema, defende a apuração dos faltos e a punição dos culpados. Pela manhã, os deputados integrantes da CPI ouviram os depoimentos de entidades governamentais e não governamentais, de médicos e especialistas e à tarde registraram as falas dos familiares das vítimas. Tanto Branco como Moreira querem esclarecer os procedimentos médicos e hospitalares que acabaram tirando a vida de suas mulheres e filhos.

04/05/2001


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