CPI do Desmanche vai tomar depoimentos em São Paulo e realizar audiências públicas



O senador Romeu Tuma (PFL-SP), que preside a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) Mista do Desmanche, que investiga irregularidades cometidas por empresas de seguros, revendedores de automóveis, recuperadoras de veículos e oficinas de desmanche de automóveis, em relação aos veículos "salvados", reconheceu a impossibilidade de se acabar com o mercado do desmanche no país, que tem estimulado os roubos de carros. Mas  disse que pode se adotar normas legais que inibam práticas criminosas, e anunciou que irá fazer novas audiências públicas antes de finalizar os trabalhos da comissão, em 15 de dezembro deste ano.

Ainda este mês, ele e o relator, deputado Hidekazu Takayama (PMDB-PR), irão ouvir em São Paulo cerca de 15 pessoas, desde o delegado que cedeu para uso de sua família carros apreendidos no pátio do Detran até pessoas lesadas por seguradoras. Tuma também quer realizar uma audiência específica para ouvir as seguradoras.

Segundo Tuma, esse simpósio com os Departamentos de Trânsitos (Detrans) estaduais terá uma importante contribuição para o relatório final da comissão, que irá incorporar várias das suas sugestões.

Os resultados dos sete grupos de trabalhos deverão ser apresentados a partir das 16h30 desta quinta-feira (4), no auditório do Interlegis, e há entre eles um que discute a possibilidade de criação de um pátio de desmanche com a participação da iniciativa privada como forma de controlar e fiscalizar o comércio de peças usadas.

O presidente do Conselho Nacional de Trânsito, Ailton Brasiliense Pires, informou, durante exposição no Simpósio promovido pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do Desmanche, nesta quinta-feira (4) que o governo federal deverá lançar a Política Nacional de Trânsito, em 22 de janeiro de 2005. Ele disse que ainda estão sendo realizados seminários em todos os estados para finalizar as discussões sobre o documento.

O governo federal, segundo Pires, também está implementando projeto piloto em alguns estados para testar um sistema que permite identificação imediata de veículos, pela leitura ótica da placa. Com isso,  será possível identificar se o automóvel é ou não roubado e se está em condições de circular. A medida, continuou, deve contribuir para diminuir os roubos e os furtos de carros.



04/11/2004

Agência Senado


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