CPI forma equipe e define novos depoimentos



Parte do grande número de requerimentos apresentados pelos integrantes da CPI do Banestado teve como finalidade solicitar a requisição de técnicos de instituições do governo federal e propor a audiência de novas testemunhas que podem ajudar a identificar o esquema que pode ter causado evasão de US$ 30 bilhões. Os parlamentares decidiram que a equipe de assessoramento da CPI, formada por técnicos do Banco Central (BC), do Tribunal de Contas da União (TCU), do Ministério Público (MP) e da Polícia Federal (PF), entre outros órgãos, além do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, seja limitada, a partir de definições do relator da comissão, deputado José Mentor (PT-SP). Segundo o presidente do CPI, senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), o relator vem fazendo gestões junto a essas instituições para que sejam indicados técnicos capacitados e com familiaridade com o assunto. O senador Romeu Tuma (PFL-SP) defendeu a delegação, ao relator, da requisição de técnicos para auxiliar a CPI. O senador Heráclito Fortes (PFL-PI) considera importante limitar o número de assessores para que seja montada uma assessoria bem qualificada. Caso sejam aprovadas indicações de assessores feitas pelos diversos parlamentares, disse o senador, um número grande de colaboradores poderá tornar o trabalho menos produtivo. Um dos parlamentares que sugeriu nomes para assessorar a CPI, o deputado Eduardo Valverde (PT-RO), ponderou que é preciso ter cuidado para que a comissão não receba, por exemplo, técnicos do BC favoráveis às regulamentações que levaram à retirada de limites das contas CC-5. Para ele, técnicos como esses tiveram posicionamento político. Em resposta, José Mentor disse que a CPI não pode importar as divergências existentes nos diversos órgãos do governo federal acerca das investigações sobre o Banestado. Para a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) é difícil identificar os grupos que se confrontam nessas instituições que possam estar com a razão. Como sugestão, Tuma sugeriu que se requisitassem as atas das reuniões que levaram às decisões, onde devem ficar claras as posições adotadas pelos participantes. Dessa forma, a CPI considerou prejudicados dois requerimentos do deputado Dr. Hélio (PDT-SP) para que fossem requisitados seis técnicos do Banco Central e seis técnicos da Receita Federal para assessorar a comissão. Para justificar a decisão, Antero informou que já foram requisitados quatro técnicos ao Banco Central e três à Polícia Federal, além de técnicos da Receita Federal e do Tribunal de Contas da União. Celso Três A CPI decidiu, a partir de requerimento de Serys, convocar representantes da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), delegados da Polícia Federal e o procurador da República Celso Três, um dos primeiros a investigar as irregularidades no uso de contas CC-5 em Foz do Iguaçu (PR). Os integrantes da CPI aprovaram ainda requerimento de Antero colocando à disposição da CPI 27 ex-dirigentes do Banestado e funcionários do banco em Nova York à época em que foram registradas irregularidades, complementado por requerimento do deputado Valverde convidando um ex-gerente do Banestado a depor e por requerimento do deputado Dimas Ramalho (PPS-SP) para que sejam convocados ex-dirigentes do Banco Central e do Banco do Brasil.

Já o deputado Afonso Gil (PCdoB-PI) apresentou e a CPI aprovou requerimento para que sejam ouvidos jornalistas da revista Isto É Dinheiro, que elaboraram matérias sobre o caso Banestado.



09/07/2003

Agência Senado


Artigos Relacionados


Brasil define equipe para a Sevens World Series

CPI do Futebol aprova novos depoimentos

TEBET ANUNCIA NOVOS DEPOIMENTOS NA CPI

CPI das ONGs vota pedidos de novos depoimentos

Conselho de Ética marca quatro novos depoimentos

Requerimentos e novos depoimentos definem rumo dos trabalhos da CPI