CPI: Presidente dos Oficiais da BM faz críticas à política de segurança pública



Depois do intervalo para o almoço, a CPI da Segurança Pública retomou os trabalhos (14h) ouvindo o Cel. Cairo Camargo, presidente da Associação dos Oficiais da Brigada Militar. O coronel fez breve relato sobre a situação da segurança pública no país, enfatizando que o setor não tem sido bem tratado nos últimos anos. A Associação, segundo ele, entregou documento ao presidente da República, através de entidades como Fiergs, em que apresenta uma série de sugestões para melhorar a segurança pública. Cópia deste documento também foi entregue aos membros da CPI. O Cel. Cairo analisou a situação do Estado, lembrando que em 1991 existiam 30 mil policiais militares fazendo policiamento ostensivo e que hoje este número baixou para 24.500, embora as demandas tenham aumentado. Lembrou que paralelo a isso, a Brigada assumiu a função de guarda interna dos Presídios do Estado, retirando ainda mais policiais das ruas. O depoente também criticou os investimentos feitos pelo Estado na segurança pública. Segundo ele, em dois anos o governo do Rio de Janeiro investiu R$ 200 milhões, enquanto que o Rio Grande do Sul, no mesmo período, aplicou R$ 6 milhões. Para o coronel, ´há uma deliberação intencional em desmantelar o aparato policial no Estado. Ele advertiu ainda que "coisas piores estão por acontecer", especialmente se for aprovado o projeto que está por chegar na Assembléia extiguindo as corrgedorias da Brigada Militar e Polícia Civil. O objetivo do governo, anunciou, é de criar uma única corregedoria dentro da Secretaria de Justiça e Segurança Pública.

09/13/2001


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