CPI PRORROGA PRAZO ATÉ 30 DE NOVEMBRO PARA INVESTIGAR TRIBUNAL DO MATO GROSSO
A Comissão Parlamentar de Inquérito que está apurando denúncias de irregularidades cometidas no âmbito do Poder Judiciário decidiu por unanimidade prorrogar seus trabalhos até o dia 30 de novembro. O motivo é que a CPI passará a investigar as denúncias feitas contra membros do Tribunal de Justiça do Mato Grosso pelo juiz Leopoldino Marques do Amaral, cujo corpo foi encontrado semana passada no Paraguai, queimado e com dois tiros. A informação foi dada pelo presidente da comissão, senador Ramez Tebet (PMDB-MS), na saída da reunião administrativa realizada no início da noite desta terça-feira (dia 14).Outra decisão tomada pela CPI do Judiciário foi nomear uma comissão integrada por membros dos diversos partidos para, na próxima terça-feira (dia 21), ir até Cuiabá visitar o Tribunal de Justiça do Mato Grosso. Até lá, será preparado um roteiro que definirá os rumos da investigação das denúncias e dos fatos apontados como irregulares. Integram a comissão os senadores José Eduardo Dutra (PT-SE), Maguito Vilela (PMDB-GO), Carlos Wilson (sem partido) e o relator, Paulo Souto (PFL-BA).O senador Ramez Tebet informou que, apesar da prorrogação dos trabalhos da CPI, o relator Paulo Souto poderá entregar a partir do dia 5 de outubro relatórios parciais sobre os demais casos que estão sendo apurados pela comissão. Ele esclareceu que a decisão de investigar as denúncias relacionadas ao Tribunal de Justiça do Mato Grosso não significa que serão abertas novas exceções, nem que o trabalho estará encerrado. Nesta quarta-feira (dia 15), a partir das 17 horas, os senadores voltarão a participar de uma reunião administrativa, para tratar de alguns assuntos ainda pendentes. Sobre a polêmica se a CPI teria ou não poderes para investigar tribunais estaduais, Ramez Tebez esclareceu que existem vários fatos, entre eles a possibilidade de ligação com o narcotráfico e o próprio Tribunal do Mato Grosso ter pedido a apuração das denúncias, que justificam a atuação da CPI.
14/09/1999
Agência Senado
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